ATA DA VIGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
16-4-2007.
Aos dezesseis dias do mês
de abril do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Clênia Maranhão, Dr. Raul, Ervino Besson,
Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Newton Braga Rosa e Sofia Cavedon. Constatada a
existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo,
Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel,
Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos e Sebastião Melo. À
MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos
663, 664, 665, 666 e 678/07 e o Pedido de Informação nº 051/07 (Processo nº
2021/07); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o Pedido de Providência nº
565/07; pelo Vereador Carlos Comassetto, o Pedido de Providência nº 667/07,
os Pedidos de Informação nos 048 e 049/07 (Processos nos
1991 e 1993/07, respectivamente) e a Indicação nº 025/07 (Processo nº 2020/07);
pelo Vereador Ervino Besson, o Pedido de Informação nº 050/07 (Processo nº
2017/07); pelo Vereador Guilherme Barbosa, a Indicação nº 024/07 (Processo nº
1989/07); pelo Vereador Haroldo de Souza, o Projeto de Lei do Legislativo nº
014/07 (Processo nº 870/07); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de
Providência nos 650, 651, 652, 653, 654, 655 e 657/07; pelo Vereador
José Ismael Heinen, os Pedidos de Providência nos 668, 669, 670,
671, 672, 673, 674, 675 e 676/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de
Providência nos 658, 659, 660, 661 e 662/07; pela Vereadora Neuza
Canabarro, o Pedido de Providência nº 677/07 e o Projeto de Lei do
Legislativo nº 040/07 (Processo nº 1439/07); pela Vereadora Sofia Cavedon, o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/07 (Processo nº 1168/07). Do
EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 3729, 5210 e 5806/07, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Após, o Senhor Presidente registrou a
presença, neste Plenário, dos Senhores Luís Afonso Senna e Fernando Dutra
Michel,
respectivamente Secretário Municipal de Mobilidade Urbana e Diretor de
Transportes da Empresa Pública de Transporte e Circulação. Em prosseguimento, o Senhor Presidente
concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, aos Senhores Ademir Gribler da Silva e
Sérgio Peçanha, respectivamente Presidente e associado da Organização Não
Governamental Amigos do Bairro Glória, que discorreram sobre os serviços públicos a que tem acesso a comunidade
desse Bairro, declarando que se
observam problemas de falta de recursos humanos e materiais, principalmente nas
áreas de saúde, educação e segurança. Também,
apresentaram dados referentes aos impostos pagos pela população, asseverando que a carga tributária
brasileira é muito elevada, não apresenta o devido retorno em termos de obras e
prejudica o desenvolvimento econômico do País. Na ocasião, nos termos do artigo
206 do Regimento, os Vereadores Dr. Raul e José Ismael Heinen manifestaram-se
acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta
e sete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados
às quatorze horas e trinta e nove minutos, constatada a existência de quórum.
Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Luiz Braz reportou-se a convênio assinado hoje entre os Governos Estadual e
Municipal, para a implantação, na Cidade, do Programa Nacional de Iluminação
Pública Eficiente, conhecido como Projeto Reluz, que substituirá pontos de
iluminação por equipamentos de tecnologia avançada, garantindo mais economia e
segurança à população. Ainda, lembrou
que esse projeto deverá incluir o debate, nesta Casa, de um Plano Diretor de Iluminação
Pública para Porto Alegre. A
Vereadora Margarete Moraes teceu considerações
relativas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 079/05, de autoria da Vereadora
Maria Celeste, que altera a Lei nº 5.397/84, concernente à isenção do pagamento
de tarifa nos transportes coletivos para soldados e cabos da Brigada Militar. Acerca do assunto, registrou ser
favorável à concessão de vale-transporte a esses militares, lamentando a forma como o assunto foi
debatido por esta Casa durante a Vigésima Segunda Sessão Ordinária. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador Luiz Braz apresentou
laudo elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde em dois mil e dois, que
declara vencido o prazo de validade da lona da cobertura do Auditório Araújo
Vianna. Além disso, declarou que
o Partido dos Trabalhadores, na direção do Governo Municipal daquele ano,
deveria ter interditado esse espaço, assegurando
que a atual Administração efetuará as reformas necessárias para que seja
garantida a segurança da população usuária. O Vereador Nilo Santos comentou seminário promovido pelo
Diretório Metropolitano do PTB, intitulado “Reflexões sobre a Administração
Municipal”, enfocando documento
retirado dessas discussões, no qual é avaliada positivamente a atuação do
Prefeito José Fogaça. Da mesma forma,
elogiou o trabalho do Senhor Nelcir Tessaro à frente do Departamento
Municipal de Habitação, enfatizando
o significado do acesso à moradia para a construção da auto-estima e dignidade
do trabalhador. A Vereadora
Sofia Cavedon contestou medidas
do Governo Municipal para reforma do Auditório Araújo Vianna, afirmando que se verifica a
privatização desse espaço cultural. Também,
questionou licitação anunciada pelo Prefeito José Fogaça para
contratação da instituição bancária que gerenciará a folha de pagamento dos
municipários e, finalizando, abordou
dificuldades vivenciadas por escolas públicas estaduais, referentes à falta de
professores e de verbas de manutenção. A Vereadora Clênia Maranhão manifestou-se quanto ao Relatório de
Atividades e Balanço de 2006, entregue pelo Prefeito José Fogaça a este
Legislativo no dia treze de abril do corrente, salientando que a prestação de contas registra uma recuperação das
finanças municipais, após três anos de resultados deficitários, e uma elevação
dos recursos destinados às áreas de saúde e educação. Ainda, aludiu aos debates ocorridos neste Plenário, concernentes
ao Projeto de Lei do Legislativo nº 079/05. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 033/07, discutido pelo Vereador
Guilherme Barbosa, 021, 032, 034 e 022/07, este discutido pelos Vereadores João
Antonio Dib e Márcio Bins Ely, o Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 163/04, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Carlos
Comassetto, Márcio Bins Ely, José Ismael Heinen e Guilherme Barbosa; em 3ª
Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 015/07, discutido pelo Vereador
Márcio Bins Ely, o Projeto de Lei do Executivo nº 007/07, o Projeto de
Resolução nº 022/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Márcio Bins Ely elogiou a atuação do Governo
Municipal, citando obras de
infra-estrutura realizadas na escadaria que liga a Avenida Duque de Caxias à
Rua André da Rocha, bem como empreendimentos do Projeto Portais do Guaíba, que
prevê a revitalização de oito ruas que desembocam na orla do lago Guaíba,
localizadas na Zona Sul da Cidade. Igualmente,
teceu considerações acerca do Projeto de Lei do Legislativo nº 079/05. O
Vereador Adeli Sell criticou o
Governo Municipal, propugnando
por mais fiscalização no que se refere à conservação de prédios antigos em
Porto Alegre e informando ter
encaminhado Pedido de Informações relativo a denúncias recebidas por Sua
Excelência, sobre pagamento de horas extras a funcionários contratados para
Cargos em Comissão. Também, contraditou
dados do Relatório
de Atividades e Balanço de 2006, quanto ao superávit apresentado pelas finanças
municipais no ano passado. O
Vereador José Ismael Heinen manifestou-se favoravelmente à aprovação do Projeto
de Lei do Legislativo nº 079/05, que dispõe sobre a isenção de tarifa no
transporte coletivo para soldados e cabos da Brigada Militar. Da mesma forma,
apontou que o uso de vales-transporte por parte dos brigadianos e guardas
municipais seria uma alternativa para evitar os episódios em que esses
servidores são vitimados nos ônibus. O Vereador Claudio Sebenelo, discutindo o
Projeto de Lei do Legislativo nº 079/05, avaliou que o transporte de integrantes
da Brigada Militar é uma responsabilidade do Governo Estadual, sustentando que
o custo gerado pela isenção de tarifa nos ônibus onera os usuários pagantes.
Nesse contexto, mostrou-se contrário à existência dessa prerrogativa para os
brigadianos, chamando a atenção para outras parcelas da população que
necessitam desse benefício e ainda não o obtiveram. O Vereador Dr. Raul
noticiou a adesão deste Legislativo ao Protocolo de Intenções para a Promoção
do Planejamento Familiar, realizado no dia doze de abril do corrente, na
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, e anunciou a realização do Fórum de Planejamento
Familiar, no dia oito de maio, neste Legislativo. Também, relatou sua
participação no “Seminário Estadual
Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão”, no dia treze de abril
do corrente, em Porto Alegre. A Vereadora Maristela Maffei reportou-se à
Reunião Extraordinária da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude,
realizada no dia onze de abril do corrente no Bairro Lomba do Pinheiro, para debater as demandas e necessidades
dos moradores dessa região da Cidade. Nesse sentido, discorreu acerca de deficiências nas áreas do
transporte escolar e da educação no âmbito do Município e suas implicações na
comunidade do Bairro Lomba do Pinheiro. O Vereador Alceu Brasinha, referindo-se
ao atraso nas obras de ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, cobrou
da Governadora Yeda Crusius a conclusão desse
trabalho, destacando os prejuízos que essa situação acarreta para a
comunidade local. Além disso, comentou as políticas públicas praticadas pela
Prefeitura de Porto Alegre, apoiando a construção e entrega de moradias
populares e elogiando a gestão das finanças municipais pelo Prefeito José
Fogaça. A Vereadora Clênia Maranhão grifou que o preço das passagens afeta
principalmente as pessoas desempregadas e subempregadas e afirmou que a Frente
Nacional de Prefeitos está estudando a concessão de isenções e a redução das
tarifas do transporte coletivo. Ainda, asseverou existir diálogo entre o
Governo Municipal e os setores da população interessados nas questões do
transporte coletivo, enfatizando que
a definição das políticas nessa área é atribuição do Poder Executivo. A seguir,
constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado
Requerimento verbal formulado pela Vereadora Maria Celeste, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, de
acordo com o definido em reunião realizada entre a Mesa Diretora e o Colégio de
Líderes. Em Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 079/05,
por doze votos SIM, dezessete votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhado
à votação pela Vereadora Maristela Maffei e pelo Vereador Sebastião Melo, em
votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste, tendo votado Sim os
Vereadores José Ismael Heinen, Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Sofia Cavedon, Maria Luiza e Nilo Santos, Não os Vereadores Ervino
Besson, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Maristela
Meneghetti, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul, Haroldo de Souza, Sebastião Melo,
João Antonio Dib, Clênia Maranhão, Maristela Maffei, Claudio Sebenelo, Luiz
Braz, Dr. Goulart e Elói Guimarães, tendo optado pela Abstenção os Vereadores
Newton Braga Rosa e Almerindo Filho e tendo apresentado Declaração de Voto a Vereadora Sofia Cavedon e o Vereador Newton
Braga Rosa. Na ocasião, a Vereadora Sofia Cavedon formulou Requerimento verbal,
solicitando a retirada de termos constantes no pronunciamento da Vereadora
Maristela Maffei, durante o encaminhamento do Projeto de Lei do Legislativo nº
079/05, o que foi deferido pela Senhora Presidenta, após a anuência da oradora,
tendo o Vereador Nereu D'Avila manifestado-se a respeito. Também, em face de
Questão de Ordem formulada pelo Vereador Elói Guimarães, a Senhora Presidenta
prestou esclarecimentos acerca da forma de apresentação da Declaração de Voto
da Vereadora Sofia Cavedon, relativamente ao Projeto de Lei do Legislativo nº
079/05. Em Votação, foram aprovados os Requerimentos nos 038 e
040/07. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 234/05, com ressalva das Emendas a ele apostas, por vinte e três
votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini,
João Antonio Dib, Sofia Cavedon e Sebastião Melo, em votação nominal solicitada
pela Vereadora Maristela Maffei, tendo votado os Vereadores Ervino Besson,
Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Maristela Meneghetti, Bernardino
Vendruscolo, Dr. Raul, Haroldo de Souza, Sebastião Melo, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, Clênia Maranhão, Maristela Maffei, Luiz Braz, Adeli Sell, Aldacir
Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Guilherme Barbosa, Marcelo
Danéris, Margarete Moraes, Sofia Cavedon e Alceu Brasinha. Durante a apreciação
do Projeto de Lei do Legislativo nº 234/05, os Vereadores Marcelo Danéris,
Newton Braga Rosa e Haroldo de Souza cederam seus tempos de discussão, respectivamente,
aos Vereadores Carlos Todeschini, João Antonio Dib e Sebastião Melo. Após,
foram aprovadas as Emendas nos 01 e 02, apostas ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 234/05. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do
Legislativo nº 078/06. Na oportunidade, por solicitação do Vereador Adeli Sell,
foi realizada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo.
Também, foi votado Requerimento de autoria do Vereador Nereu D'Avila,
solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Lei do
Legislativo nº 078/06, o qual obteve sete votos SIM e uma ABSTENÇÃO, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Mario Fraga, tendo votado Sim os Vereadores
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Márcio Bins Ely, Margarete
Moraes, Maria Celeste e Nereu D'Avila e optado pela Abstenção o Vereador João
Antonio Dib, votação esta considerada nula pela Senhora Presidenta, em face da
inexistência de quórum deliberativo. Às dezessete horas e cinqüenta e seis minutos,
constatada a inexistência de quórum deliberativo, a Senhora Presidenta declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Maristela Meneghetti e pelo
Vereador Aldacir Oliboni, e secretariados pelo Vereador Alceu Brasinha e pela
Vereadora Sofia Cavedon, esta como Secretária “ad hoc”. Do que eu, Alceu
Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Registramos
a presença do Sr. Luís Afonso Senna, Secretário de Mobilidade Urbana, e do Sr.
Fernando Michel, Diretor de Transporte.
Passamos
à
A Tribuna Popular do dia
de hoje foi solicitada pela ONG Amigos do Bairro Glória, para tratar de saúde
pública, segurança pública, educação e carga tributária. Estão presentes o Sr.
Ademir Gribler da Silva, Presidente, e o Sr. Sérgio Peçanha, associado, a quem
convido a fazerem parte da Mesa.
Tendo em vista haver
solicitação de pronunciamento desses dois membros da entidade, nós dividimos o
tempo, cabendo cinco minutos para cada visitante. O Sr. Ademir Gribler da Silva
está com a palavra.
O
SR. ADEMIR GRIBLER DA SILVA: Sr.
Presidente, boa-tarde; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, boa-tarde,
em primeiro lugar, gostaria de destacar que também estão no plenário a Srª
Renata Santos Fraga, Secretária Executiva da ONG Amigos do Bairro Glória, e o
Sr. Sereno César da Silva, Auxiliar Administrativo. O que nos traz aqui é, em
primeiro lugar - prioridade todas são - o atendimento médico nos postos de
saúde pública. Isso está-nos deixando abalados, não só como representantes de
uma Organização Não-Governamental, mas como cidadãos que pagam impostos e têm
esse direito. Há falta de medicação para as pessoas carentes nos postos -
senhores, temos que levantar essa bandeira para que isso não aconteça -, assim
como na Educação, nas escolas públicas, não só está faltando giz para os
professores darem aulas, como também o demais material didático. Isso é uma
obrigação governamental, e, além do mais, senhores, está faltando merenda
escolar, o que para muitas e muitas crianças é a única alimentação do dia! Será
que podem levantar essa bandeira?
Em
Segurança Pública: quando é que a Guarda Municipal estará agindo regionalmente,
fornecendo um pouco mais de segurança às pessoas, com toda a autoridade
policial - o Ver. Pedro Américo Leal sabe mais do que eu sobre isso -, podendo
abranger mais com o poder de polícia? A Brigada Militar sozinha, e a Policia
Civil não estão dando conta! Retornando ao assunto dos postos de saúde: o posto
de saúde do bairro Glória, da Av. Oscar Pereira, que está com o terreno à
disposição da Prefeitura, está sendo locado, e pagando aluguel desde 1978,
quando já poderia ter o próprio. Pensem, senhores, mas não é só pensar, tem que
haver ação, e tem que começar na Casa do Povo, que é aqui, na Câmara Municipal.
Por favor, peço-lhes, não só como cidadão e representante de uma entidade
comunitária, mas, sim, como um ser humano. Muito obrigado, Sr. Presidente e
Srs. Vereadores.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Sr. Sérgio Peçanha, associado da ONG Amigos do Bairro Glória, está com a
palavra.
O
SR. SÉRGIO PEÇANHA: A
Tribuna é para quem tem mais experiência no discurso, o que não é o meu caso.
Antes de mais nada, eu queria cumprimentar todos aqui presentes e dizer que
tudo isso que o Ademir acabou de comentar não seria nada mais do que o retorno
da carga tributária do que se paga. Não sou tributarista, mas entendo disso com
o que eu sinto, e a minha idéia é trazer a todos os presentes um pouco daquilo
do que se vê na rua: com as pessoas com quem se conversa, mostrando até
desespero sobre tudo aquilo que se paga. Às pessoas, hoje, não sobra mais para
lazer; sobra muito pouco para comida. Essa é a nossa realidade lá do bairro
Glória, pelo menos da nossa Região, onde há ruas em que moram pessoas que seriam
de classe média, por exemplo, como os moradores da Rua Domício da Gama ou da
Rua Santiago Dantas, mas hoje grande parte daqueles moradores não vive de forma
convencional: não tem trabalho fixo; eles não têm condições de manter as suas
famílias; não têm como fazer renda, mas pagam muito imposto. O último foi um
acréscimo na conta de luz, da CEEE, de dois reais para iluminação pública. “Ah,
são dois reais!”. Mas são mais dois reais no bolso de todas essas pessoas.
Eu
quero dizer o seguinte; vou mais longe: comecei a trabalhar com 13 anos e, de
todas as empresas em que eu trabalhei até hoje, só uma não faliu. E a que
sobrevivia, que é a Expresso Mercúrio - da qual fui gerente comercial -, acaba
de ser vendida para uma multinacional. Isso é a falta de incentivo a quem quer
empreender, é falta de incentivo às pessoas que querem montar o seu negócio,
fazer a sua vida independente, que querem deixar de ser empregados, porque,
quando abrem seu próprio negócio, seis meses depois são obrigadas a fechar as
portas por não terem como pagar os impostos. O mais recente cliente meu, a
Global, uma pequena indústria de embalagens, dois sócios saídos da faculdade
montaram a sua empresa, sendo que um estava razoavelmente bem. Determinaram uma
retirada de 1.500 reais para cada um e foram obrigados a fechar a empresa seis
meses depois, porque não tinham como pagar os impostos. E os impostos de que
falamos não são só aqueles que se pagam, mas todos os valores inseridos dentro
da taxação, desde o parquímetro na rua, os pedágios, etc. Eu vou daqui a Rio
Grande e passo por cinco pedágios na ida, e quatro na volta.
Embora
tudo isso, embora uma taxação de 40% sobre o nosso PIB, hoje a gente não vê o
retorno em Educação, em Segurança, nos serviços básicos à população. Então, não
precisa ser tributarista para sentir na carne os efeitos da quantidade de
impostos que são pagos hoje. Não se trata de uma queixa, não é uma reclamação,
é quase um clamor! A gente vê isso nas ruas, paga-se muito para um retorno
muito pequeno. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
O Sr. Ademir solicita dizer mais algumas palavras.
O
SR. ADEMIR GRIBLER DA SILVA: Quero
apenas pedir que algum dos senhores, dignos representantes devidamente eleitos
pelo povo, expliquem-me onde foram parar os 32 bilhões de reais arrecadados
para a Saúde pela CPMF. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. DR. RAUL: Boa-tarde
a todos, ao Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; aos representantes da ONG Amigos
do Bairro Glória - Ademir Gribler da Silva, Presidente, e Sérgio Peçanha,
associado -, quero dizer que a Bancada do PMDB, com certeza, se associa a essas
preocupações que vocês nos trazem aqui, relativas à Segurança, à Educação, à
Saúde, e aonde vão os tributos que nós arrecadamos. Eu falo em meu nome, em
nome dos Vereadores Sebastião Melo, Bernardino Vendruscolo e Haroldo de Souza,
e digo que nós, aqui no Legislativo, estamos junto com vocês e vamos usar sempre
o nosso poder de fiscalização e de legislação, bem como sermos uma caixa de
ressonância para as questões que envolvem a Cidade, para que todos tenham uma
vida melhor. Podem contar conosco, e muito sucesso no caminho de vocês.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Excelentíssimo
Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni, presidindo a nossa Sessão no dia de hoje;
Digníssimo Sr. Ademir Gribler da Silva, Presidente da ONG Amigos do Bairro
Glória; associado Sérgio Peçanha, eu acho que vocês escolheram um dia
maravilhoso para trazer esses problemas para a nossa tribuna, justamente na
semana da abertura do Fórum da Liberdade. Sinceramente, com relação a todas
essas colocações que V. Sas fizeram, como o que está para acontecer
em Porto Alegre, o tamanho do Estado, a carga tributária, os péssimos serviços
de retorno, a Segurança pública, a Saúde pública, a educação deixada em
terceiro ou quarto plano, nós estamos todos aprisionados, à mercê daqueles que
não cumprem a lei; e eu quero também colocar para os senhores o meu sentimento,
lamentável, quanto ao fechamento do Clube Glória, nesse Bairro prestimoso de
Porto Alegre. Começou pela lei do silêncio, e hoje nós não temos esse Clube que
muito ajudou aquele Bairro, que, no lugar do Poder Público, teve um braço forte
para ajudar toda a população, dar segurança, dar cultura, dar um pouco de
emprego, dar dignidade para todos.
Eu quero dizer que os senhores estão de parabéns
por trazerem essas colocações, que são as colocações de todos nós, porque a
nossa classe média está desaparecendo, Dr. Gribler. Dez milhões de pessoas da
classe média, em duas décadas, desapareceram: sete milhões passaram a receber
salário mínimo, e três milhões aumentaram. Quer dizer, olhem o distanciamento.
Aí, vem a carga pesada para todo o povo brasileiro. Parabéns, quero dizer que
nós, democratas, estamos à disposição para trocar idéias com Vossas Senhorias.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Não
havendo mais nenhuma Bancada inscrita, nós agradecemos a presença do Sr. Ademir
e do Sr. Sérgio, e queremos dizer que nós também não só nos solidarizamos com
as denúncias que os senhores trouxeram aqui, em função de estarem dirigindo a
ONG, mas que, acima de tudo, tanto a Segurança, em nível de Estado, como a
Saúde, em nível de Município, possam não só atender à sua expectativa, mas que
seus representantes possam fazer uma visita nesses locais e constatar o que lá
existe. Com relação à Saúde, eu vou, como membro da Comissão de Saúde,
solicitar ao nosso Presidente, Dr. Raul, que visitemos o Posto de Saúde da
Glória, para, então, encaminhar ao Governo Municipal as deficiências que lá
existem. E, com relação às demais colocações aqui feitas, como está gravado
aqui, nós passaremos para as devidas Comissões. Agradeço aos senhores e às
senhoras, e dou por suspensos os trabalhos, por dois minutos, para as
despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h37min.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni – às 14h39min): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos
ao
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra em Grande Expediente.
(A
Verª Maria Celeste assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta,
Verª Maria Celeste, que passa, agora, a presidir os trabalhos, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores, eu resolvi falar no início da Sessão, porque
haveria o Grande Expediente em que eu participaria, mas era quase que uma
obrigação eu estar também presente num ato que está sendo realizado neste exato
instante, lá na Prefeitura Municipal, em que está sendo assinado um convênio
entre o Município de Porto Alegre, com a intermediação da CEEE e a Eletrobrás,
para o já tão discutido, nesta Casa, Projeto Reluz, que vai dar oportunidade
para que nós, aqui em Porto Alegre, possamos iluminar a Cidade, de uma forma a
devolver a ela, ou, pelo menos dar a ela um pouco mais de segurança do que
aquela que nós temos no momento. Eu disse que tinha obrigação de estar nessa
assinatura do convênio, porque, em 2002, quando nós estávamos discutindo aqui,
pela primeira vez, o Projeto Reluz, nós estávamos discutindo um Projeto que
autorizava o Executivo, naquela oportunidade, a fazer uma operação de crédito
até o limite de 18 milhões de reais, e a assinar esse Contrato com as centrais
elétricas brasileiras, a Eletrobrás, com a interveniência da Companhia Estadual
de Energia Elétrica para o Reluz. Eu apresentei uma Emenda ao Projeto Reluz que
se constituiu, logo após, no art. 3º da Lei nº 9.052, de 24 de dezembro de
2002. E nesse art. 3º consta o seguinte (Lê.): “O Poder Executivo, num prazo
máximo de 01 (um) ano, enviará à Câmara Municipal um projeto para ser votado
pelo Legislativo, contendo os estudos necessários para a implantação de um
Plano Diretor de Iluminação Pública”. Nós votamos essa Lei nº 9.052, em
dezembro de 2002.
Então, de acordo com a Legislação, em dezembro de
2003, nós deveríamos estar
recebendo aqui os estudos necessários para a implantação desse Plano Diretor de
Iluminação Pública. Nós já estamos em abril de 2007, Ver. Nereu, e até agora
nós não recebemos esses estudos para implantação desse Plano Diretor de
Iluminação Pública. E hoje está sendo assinado o convênio. Esse convênio foi
modificado em 2005; essa Lei nº 9.052 foi modificada pela Lei nº 9.906, e
aquela operação de crédito que foi autorizada pela Câmara, de 18 milhões de
reais, em 2002, e mais uma de quatro milhões de reais, que está no art. 4º
dessa Legislação, foram modificadas. Os artigos 1º e 4º da Lei 9.052 foram
modificados. E o art. 1º da Lei nº 9.096, que englobou a redação dos artigos 1º
e 4º da antiga Lei nº 9.052, diz o seguinte (Lê.): “Fica o Poder Executivo
autorizado a contratar com as Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás),
agente operador, com a interveniência da Companhia Estadual de Energia Elétrica
(CEEE), no âmbito do Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente (Reluz),
operação de crédito até o limite de 34 milhões, 14 mil, 523 reais e 12
centavos, conforme os critérios previstos e as condições financeiras oferecidas
pelo próprio agente operador”.
Ver. João Dib, o convênio
está sendo assinado, neste instante, lá no Paço Municipal; um convênio que eu
acredito que vai ser altamente produtivo para aquilo que o porto-alegrense está
pensando em matéria de iluminação pública, para trazer um pouco mais de
Segurança pública. Mas eu acredito que, antes de se aplicar qualquer tostão com
relação ao Projeto Reluz, Ver. João Dib... E, aí, eu falo sobre o respeito que
tem de haver em relação às legislações que são feitas por esta Casa, porque o
Executivo sempre tem uma oportunidade quando esta Casa aprova qualquer projeto
de lei: pode vetar, pode sancionar, ou pode silenciar. Mas, se silenciar, volta
aqui para esta Casa, e pode transformar-se em lei se o Presidente da Câmara
aqui promulgar o texto.
Então, Ver. João Dib, como
nós aprovamos aqui a necessidade de um estudo para um Plano Diretor de
Iluminação Pública, acredito eu - e pediria, inclusive, que V. Exas
lessem o texto -, que aquilo que vai ser gasto em iluminação pública, esses 34
milhões de reais, que foram agora aprovados e estão sendo conveniados, deverão
ser gastos de acordo com esse Plano Diretor, porque, senão, Ver. João Dib, o
que vai acontecer é que, como nós temos muito roubo de fiação em nossa Cidade,
por causa desses roubos das fiações, nós temos, na Cidade, muitos pontos
escuros, e pode acontecer que parte desse dinheiro seja colocado apenas para
repor essa iluminação.
Eu acho que, quando nós
votamos aqui o Reluz, quando nós discutimos o Reluz, desde a primeira vez, ele
não dizia respeito, simplesmente, a uma reposição de iluminação pública, ele
dizia respeito a uma melhora substancial na iluminação pública em nossa Cidade,
tanto é que a Cidade começa, a partir do Reluz, a adotar, nas suas principais
ruas, a iluminação de sódio. Então, nós vamos ter a obrigação de cobrar do
Executivo Municipal, nesse convênio, antes da aplicação de qualquer tostão
desses 34 milhões de reais, que nós possamos, como Câmara Municipal, ter aqui a
possibilidade de votarmos esse Plano Diretor de Iluminação Pública. Porque, a
partir disso, os técnicos da Cidade, não os Vereadores, mas os técnicos da
Cidade vão poder desenhar na cidade de Porto Alegre quais são, na verdade, os
pontos que merecem, realmente, uma maior atenção por parte do Executivo, e nós
vamos poder, também, através de um Plano Diretor, juntamente com os técnicos e
juntamente com o Executivo, como compete a qualquer Vereador neste Plenário, seguir
pari passu a implantação desse Plano
Diretor de Iluminação Pública. Quero saudar como altamente positiva a
assinatura desse convênio. Realmente, sei que deu trabalho, sei que a
Prefeitura Municipal precisou vencer um obstáculo que existia, que era a
impossibilidade de se assinar contratos de financiamento com outros órgãos,
porque esses contratos de financiamento não podiam ser assinados anteriormente,
até porque o Município não pagava as suas contas, mas com esse financiamento
que está sendo assinado agora, Ver. Dib, é claro que todos nós estamos saudando
o Executivo, mas nasce, também, uma obrigação para todos nós, que é exatamente
a obrigação da fiscalização, de seguirmos de perto a implantação desse Reluz, e
acho que, antes de gastar o dinheiro do Reluz, é preciso, realmente, termos,
aqui, o Plano Diretor de Iluminação Pública. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Margarete Moraes está com a
palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris.
A SRA. MARGARETE MORAES: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, quero agradecer ao companheiro de Bancada, Ver. Marcelo Danéris,
por me ceder esse tempo em Grande Expediente, e quero dizer que tenho muito orgulho,
muita honra, de, neste momento, não falar em meu nome, mas falar em nome da
minha Bancada, querida Vereadora Maria Luiza, em nome do Partido dos
Trabalhadores.
Nós não podemos ignorar o que aconteceu nesta Casa, na semana passada, quando discutimos e encaminhamos - apenas não votamos - um Projeto de Lei do Legislativo, de autoria da Verª Maria Celeste, o de nº 079/05, e é importante que a população saiba, protocolado no dia 11 de março de 2005, portanto, está há dois anos tramitando nesta Casa e seguindo todas as instâncias regimentais, que contou com o apoio, digamos assim, não viram óbice à tramitação deste Projeto, nem a Procuradoria da Casa, nem a CCJ, em nenhum momento, em várias ocasiões, inclusive com as Emendas; num primeiro momento, na CEFOR, quando o Professor Garcia aprovou, isso foi em 2005; depois a Verª Maristela Meneghetti reprovou a partir das Emendas, e assim, por várias vezes, conforme o nosso Regimento; na CUTHAB, houve empate, e foi aprovado pela CEDECONDH. Como eu disse, seguiu todos os trâmites legais e regimentais, e hoje é plenamente assumido pela Bancada do Partido dos Trabalhadores e por alguns Vereadores do PTB e dos democratas, e, por uma razão exclusiva, singela, explícita, trata-se de uma medida de proteção; proteção a quem oferece proteção aos cidadãos e cidadãs. É uma medida de segurança para aqueles que arriscam a vida, cotidianamente, tentando salvar a vida dos cidadãos e das cidadãs de nossa Cidade.
Jamais
se propôs, e não se discute, neste caso, novas isenções. Nós, do Partido dos
Trabalhadores, em principio, somos contra isenções, nós somos a favor dos
impostos, e assumimos essa questão. Nós só achamos e defendemos que o dinheiro
dos impostos retorne, retorne em serviço eficiente, competente, para a maioria
da população, para aqueles que mais precisam.
Mas
voltando a este Projeto, ele permite que a Corporação da Brigada Militar possa
seguir isenta do pagamento da passagem nos ônibus, sem o uso da farda. Trata-se
só disso, porque os brigadianos, infelizmente, tristemente, são alvos, são
alvos dos bandidos, nessas situações.
(Não revisado
pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerramos o
período de Grande Expediente.
Passamos às
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maria
Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras, Verª
Margarete Moraes, com toda certeza, sabe V. Exª que, durante a sua estada na
Secretaria de Cultura do nosso Município, várias vezes eu tive a oportunidade
de elogiar o trabalho de V. Exª e várias vezes pude convidá-la para participar
de alguns eventos nossos. Um deles, que nós já temos há 25, 26 anos, é o show
do quilo, lá no Araújo Vianna, que é realizado no final do ano, e V. Exª nunca
se negou a emprestar o Araújo Vianna para que a gente pudesse realizar aquele
evento.
Mas eu tive acesso a um laudo de 2002, Verª Maria
Celeste, que me deixou preocupado, e eu, por isso mesmo, gostaria de conversar
com V. Exª a respeito desse laudo, porque eu acredito que nós, que somos
pessoas públicas, homens e mulheres que militamos na vida pública, temos
responsabilidade de defender a sociedade de todas as formas.
Aquele laudo dizia que, exatamente em 2002, aquela
lona do Araújo Vianna estava com seu prazo de validade vencido. Eu fui saber,
então, o que isso poderia acarretar, já que somente hoje, no ano de 2007, nós
temos o Araújo Vianna fechado, à espera de que uma empresa possa ganhar a
licitação, para lá colocar uma nova cobertura, mudar o mobiliário do Araújo
Vianna e deixá-lo em condições de funcionar. Mas aquele laudo, Ver. João Dib,
afirma o seguinte: que, com a lona com o prazo de validade vencido, num dia de
chuva - eu apresentei lá shows em dia de chuva -, encharcada, ela poderia
emborcar, já que ela é muito pesada.
E, ao fazer isso, poderia haver o tensionamento dos cabos de aço que seguram
aquela estrutura do Auditório Araújo Vianna. Com esse tensionamento, Ver. João
Dib, o que poderia acontecer? Os cabos poderiam romper e se transformariam em
grandes chicotes. Imaginem V. Exas: um cabo de aço solto,
chicoteando as pessoas que ali estão sem nenhuma defesa!
Então eu pergunto: se esse laudo da SMOV é verdadeiro, por que a Administração anterior, quando do término da validade daquela lona, não mandou interditar imediatamente o Auditório Araújo Vianna? Por que as pessoas tiveram acesso ao Auditório Araújo Vianna, mesmo correndo esse risco? Eu me lembro, Verª Maristela Meneghetti, da noite em que a Milka apresentou, também lá no Auditório Araújo Vianna, aquele seu famoso desfile. Era uma noite de muita chuva. Eu sei que os espetáculos da nossa amiga Milka sempre estavam lotados lá no Auditório Araújo Vianna. Que tragédia poderia acontecer se, porventura, aquele laudo for realmente o laudo real e se acontecesse realmente o rompimento desses cabos de aço que seguravam aquela lona do Auditório Araújo Vianna!
Então,
eu quero apenas fazer esse registro, e sei que agora, brevemente, nós vamos ter
uma licitação para que a troca daquela cobertura possa se dar, para que nós
possamos realmente ter um ambiente seguro, tranqüilo, bonito, como tem que ser
o ambiente do Auditório Araújo Vianna, a fim de que os espetáculos que lá ocorrerem
possam abrigar a população de Porto Alegre, aqueles que quiserem ir até lá para
assistir a um show, mas que não podem ir até o Auditório Araújo Vianna para
correrem perigo.
Então,
eu vou trazer esse laudo para a Casa e vou deixá-lo à disposição de todos os
Srs. Vereadores, para que possam tomar conhecimento daquilo que estou
anunciando aqui nesta Comunicação.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Nilo Santos está com a palavra em Comunicações.
O SR. NILO SANTOS: Excelentíssima
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, público em geral que nos assiste nesta tarde, uma tarde de
segunda-feira muito linda, por sinal. O PTB, neste final de semana, durante o
dia de sábado e parte da noite, fez um Seminário denominado reflexões sobre a
Administração Municipal.
Passamos o dia reunidos, discutindo, vendo o que
está bom, vendo o que precisa ser corrigido na nossa Capital. E nós então
elaboramos um documento, que foi entregue ao Prefeito José Fogaça.
Entendemos sim, que este Governo tem-se destacado em
muitas áreas, tem feito um bom trabalho, mas entendemos também que temos muito
ainda por fazer nesta Cidade, mas estamos num bom caminho.
Nós lá tivemos a presença
do nosso Senador Sérgio Zambiasi, que também participou desse momento de
reflexão; do nosso vice-Prefeito, Eliseu Santos, e o que mais nos chamou a
atenção é o que foi, inclusive, dito pelo próprio Prefeito José Fogaça, que uma
das Secretarias que mais se destacam, que mais chamam a atenção dentro deste
Governo, é o Departamento Municipal de Habitação. O DEMHAB vem-se destacando
pelo seu trabalho, tendo à frente o nosso companheiro, Nelcir Tessaro. E o
DEMHAB, então, vem fazendo um trabalho exemplar, todas as Secretarias. Nós
temos plena convicção de que se estão empenhando ao máximo para fazerem o
melhor possível. Temos que corrigir algumas coisas, com certeza; tanto que isso
está registrado; foi elaborado um documento, que foi entregue ao Prefeito José
Fogaça, reconhecendo que precisamos alterar, mudar algumas coisas dentro do
Governo, mas sempre no intuito de cooperar para o melhor andamento.
O DEMHAB se destaca principalmente pelo apoio que vem tendo, pelos acordos
que vem fechando, pelas iniciativas que vem tomando de proporcionar casas para
as pessoas. Eu costumo dizer que quando uma pessoa ganha a sua casa, ela não
ganha apenas um teto para morar, ela ganha também dignidade. Ela se sente
valorizada; é um território seu, é um canto seu, é o seu ninho, o lugar onde
vai criar os seus filhos, onde vai oferecer segurança não apenas para os
adultos e para as crianças, mas para toda a família.
Existe uma palavra que, nesses últimos anos, vem
desaparecendo do vocabulário de toda a sociedade, que é a palavra lar. Essas
pessoas estão tendo oportunidade de construírem o seu lar. Não apenas uma casa,
mas uma ambiente seguro, limpo, sem precisar mais pagar pedágio na vila para
tomar um banho gelado. Hoje, as pessoas estão tendo dignidade, recebendo as
suas casinhas com luz elétrica, com condições de tomar um banho quentinho. Isso
é muito importante para a nossa Cidade. O DEMHAB tem sido um dos órgãos mais
destacados pelo Prefeito José Fogaça, e nós, do PTB, também reconhecemos que
ele tem sido exemplar naquilo que vem fazendo.
Então,
eu gostaria de parabenizar toda a equipe do DEMHAB. A gente sabe, senhoras e
senhores, que um trabalho que visa a beneficiar toda a sociedade, não é um
trabalho que brota do nada. Nós sabemos que isso vem de administrações
anteriores - eu gostaria de valorizar isso, nesta tarde, até porque isso passa
muito batido -; é um trabalho que vem sendo desenvolvido com o tempo, e nós
esperamos que o PTB, que está à frente desse Departamento, consiga transformar
a tristeza de muitas pessoas em alegria, entregando a elas muito mais casas,
para que essas famílias possam ter um ambiente seguro, um ambiente de proteção.
Muito obrigado às senhoras e aos senhores, e parabéns ao Partido Trabalhista
Brasileiro por este momento de reflexão na sua história.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Neuza Canabarro está com a palavra em Comunicações. (Pausa.)
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. Sebastião Melo.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
faço um pequeno registro inicial para comentar a fala do Ver. Luiz Braz. De
fato, o Araújo Vianna precisava disso, e teve um prazo aquela cobertura, que
foi muito festejada pela Cidade. O Araújo Viana é um lugar de congraçamento, da
democracia, da cultura popular, um marco desta Cidade na área da cultura, Verª
Margarete, e recebeu aquela cobertura ousada, moderna, que, de fato, garantiu
grandes eventos, dos mais populares aos mais desejados, como o show do Djavan e
outros grandes profissionais da música e da arte do Brasil.
O que a gente tem a lamentar é que o Governo que
assumiu entregou não às moscas, mas às pombas o Araújo Vianna, deixando de
cumprir a sua função de dar continuidade àquele processo e fazer a renovação do
espaço, o conserto, e tem como única solução a privatização. Parece que o
deixar ficar quanto pior melhor é a marca do Governo Fogaça: assim está fazendo
com o DMLU, com o meio ambiente, com a saúde, e depois a solução é entregar à
iniciativa privada. Lamentavelmente, o Araújo Vianna não será mais um espaço,
Ver. Luiz Braz, e duvido que V. Exª fará lá a sua festa - a não ser que negocie
com a iniciativa privada -, assim como as grandes assembléias do Simpa, das
nossas categorias populares que podiam ter, naquele espaço, um lugar de
acolhida, de encontro, de reivindicação. Lamento profundamente!
Nessa linha, quero chamar a atenção: neste final de
semana, a Prefeitura de Porto Alegre anuncia que vai fazer uma licitação das
contas-correntes dos funcionários municipais - nós, funcionários municipais,
hoje recebemos nossos salários em banco público, no Banrisul, Banco do Estado
do Rio Grande do Sul - para tirar do banco público, porque para a Prefeitura é
um bom negócio, vai ganhar um dinheiro. Eu acho que, no mínimo, a Prefeitura
deve perguntar aos seus funcionários em que banco querem receber seus salários,
e, mais do que isso, dar uma chance ao nosso banco público - e espero que a
Governadora Yeda saia em defesa dele - para que o banco faça alguma proposta,
já que é possível aos bancos privados pagarem tantos recursos por essas contas,
e eu creio que essas contas são bastantes preciosas. Eu sempre fui cliente do
Banrisul, em toda a minha vida de funcionária pública, com muito orgulho recebi
lá e gostaria que deixassem o meu recurso, o meu salário, financiando um banco
público. Acho lamentável a Prefeitura fazer esse anúncio, fazer uma conta rasa
dessa maneira, sem preocupar-se com as conseqüências do Estado do Rio Grande do
Sul.
Espero que o Governo do Estado reaja, espero que os
municipários reajam, que sejam, no mínimo, perguntados sobre as suas contas,
sobre esse recurso que é seu; o que eles vão receber e se eles concordam com
uma medida como essa. Porque, nessa linha, tudo está se perdendo; a idéia é privatizar;
a idéia é fazer negócio do que é público. Estão aí, hoje, os funcionários
paralisados em protesto, na frente do DMAE, pela demissão de um chefe que
participou das manifestações. Estão indignados, com razão, perdendo hora extra,
tendo diminuído o salário brutalmente, pagando a conta desse ajuste fiscal e,
com certeza, a Prefeitura poderia trabalhar de outra forma.
Quero aqui, ainda, aproveitando este tempo, fazer
um registro: eu recebi um documento - estarei repassando-o à nossa Presidenta
da CECE, Verª Maristela Maffei, já havia recebido um e-mail, na semana passada
-, solicitando que nós façamos uma reunião a respeito da situação das escolas
estaduais. O documento foi entregue à Secretária Estadual de Educação, ao
Ministério Público. As direções das escolas de Porto Alegre têm-se reunido
espontaneamente - elas sozinhas -, reivindicando diálogo, reivindicando
reunião; tiveram reunião com a Coordenadora de Porto Alegre que não tinha nem
sido apresentada às direções. As promessas que foram feitas na semana passada
ainda não foram cumpridas; não estão liberadas as nomeações para a área. Em
meados de abril - nós já estamos indo para o final de abril - as escolas estão
sem professores em várias áreas; sem recursos e em condições muito sérias de
funcionamento básico, mínimo. Nós esperamos que a Governadora Yeda tenha um
pouco de sensibilidade com a Educação, que passa por sua pior crise. Esse
documento, realmente, é contundente - respeitoso, mas contundente - das
direções de escolas, alertando que dessa maneira não há condições de trabalho.
Então, quero tornar
oficial de que estarei passando hoje à Presidenta da CECE para a nossa Comissão
acolher o grupo de diretores, que está solicitando agenda em várias
instituições para ter um apoio e poder garantir o mínimo de condições de
trabalho no Estado do Rio Grande do Sul.
Então, lamentavelmente esse é o novo jeito de
governar em Porto Alegre e no Estado do Rio Grande do Sul. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª
Sofia Cavedon.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, queríamos saudar os
porto-alegrenses que acompanham os trabalhos deste Parlamento, na tarde de
hoje. Eu queria me referir, inicialmente, aos dados que foram apresentados pelo
Prefeito José Fogaça, na sua vinda a esta Casa, referente ao balanço das
atividades da Prefeitura.
Nessa
sexta-feira, o Prefeito José Fogaça entregou à Presidenta Maria Celeste, na
presença de várias Vereadoras e Vereadores, o balanço da Prefeitura de 2006.
Eu queria destacar, com muita alegria, uma coisa
importante para toda Porto Alegre: o relatório da Prefeitura demonstrou uma
recuperação das finanças nos dois primeiros anos da atual gestão do Governo
José Fogaça. Depois de três anos de déficit - 2002, 2003 e 2004 -, em que nossa
Prefeitura, infelizmente, estava no vermelho, o que, inclusive, foi o fato
responsável pela perda de créditos para novos financiamentos, a Prefeitura de
Porto Alegre, na gestão atual, recuperou as finanças do Município nesse período
e, pela primeira vez, apresentou um relatório gerencial e de análise
econômico-financeira, permitindo também uma maior transparência e uma maior
amplitude, quando da avaliação deste Legislativo.
Eu queria destacar umas coisas que para nós são
muito caras e que estão presentes nesse relatório. Conforme os documentos
trazidos pessoalmente pelo Prefeito, a Prefeitura de Porto Alegre manteve o
nível histórico de investimentos e elevou a destinação de recursos para duas
áreas fundamentais da nossa sociedade: a área de Educação e a área da Saúde.
Dos 18,2% da Receita de tributos aplicadas em 2004, no valor de 201 milhões,
corrigidos pelo IPCA, passou-se na nossa gestão, no atual Governo, para 19,3%,
chegando a 231 milhões de reais nessa área fundamental que é a área da Saúde.
Também na área da Educação tivemos um avanço:
aumentamos de 26,2% para 26,6%. Para essas áreas prioritárias, Saúde e
Educação, nunca se investiram tantos recursos próprios da Prefeitura como
agora. Então, isto demonstra que, além da responsabilidade fiscal, da
competência com o equilíbrio das contas públicas, a aplicação dos nossos
recursos corresponde ao discurso, ao conceito expresso no período da campanha
eleitoral, que é a aplicação exatamente nos setores que mais precisam, nos dois
segmentos que precisam ser fortalecidos, sob o ponto de vista da política
pública, que são a área de Saúde e a área de Educação.
Mas, antes de concluir, eu queria ainda retomar um
pouco a intervenção feita pela Verª Margarete Moraes. Respeitando a posição da
Vereadora, eu quero dizer que, evidentemente, nós temos conceitos diferentes
sobre a questão da democracia. A participação do povo através das suas
entidades, expressando a vontade dos segmentos em um Parlamento, é sempre muito
bem-vinda, independente de qual seja esse setor. Isto se diferencia muito da
presença intimidatória de autoridades que impedem o livre exercício do mandato
dos Parlamentares e de um Parlamento.
Eu também uso o mesmo exemplo da Vereadora: todas
as ditaduras, todos os autoritários, todos os ditadores querem fechar o
Parlamento. E um Parlamento, para ser livre, tem de agir livremente, tem de
debater livremente, tem de concluir livremente, sem nenhum medo, sem nenhum
risco e sem nenhuma intimidação. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. Valdir Caetano. (Pausa.) Ausente.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 1136/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 021/07, de autoria do Ver. Dr. Raul, que institui e oficializa como
evento de natureza sociocultural e turística o Baile Infantil de Carnaval do
Município de Porto Alegre.
PROC. Nº 1163/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 022/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que altera o § 1º do art.
2º da Lei nº 4.629, de 23 de
novembro de 1979, e alterações
posteriores, que dispõe sobre a concessão de reajustes tarifários para os
serviços de táxis e táxis-lotação, autorizando aos permissionários de veículos
de aluguel (táxi), em caráter definitivo, a cobrança de Bandeira Dois durante o
mês de dezembro.
PROC. Nº 1297/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 032/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que inclui, no
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, o Baile do Rei e da
Rainha da Terceira Idade do Carnaval de Porto Alegre.
PROC. Nº 1305/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 033/07, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Engenheiro e Advogado Newton Garcia
Quites.
PROC. Nº 1346/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 034/07, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que denomina Rua
Fernanda Moreira Gonçalves e Rua Luan Jacoby os logradouros não-cadastrados,
conhecidos, respectivamente, como Beco N – Rua Seis, Estrada Retiro da Ponta
Grossa – e Beco 11 – Estrada Retiro da Ponta Grossa -, localizados no bairro
Belém Novo.
PROC.
Nº 3840/04 - SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria dos Vereadores Carlos Comassetto e
Maristela Meneghetti, que institui o Programa de Incentivo à Produção de
Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social, vinculado a cooperativas, a
associações, a entidades da sociedade civil ou a programas oficiais
desenvolvidos pelo Poder Público Municipal, Estadual ou Federal, mediante a
isenção de taxas e de impostos, e dá outras providências,
ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 163/04, de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol.
3ª SESSÃO
PROC. Nº 0157/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 022/07,
de autoria do Ver. João Antonio Dib, que concede a Comenda Pedro Weingärtner ao
Artista Plástico Vitorino Gheno (Vitório Gheno).
PROC. Nº 0871/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 015/07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que altera a ementa e
o art. 1º e inclui § 3º ao art. 1º da Lei nº 8.244, de 10 de dezembro de 1998,
que obriga os grandes supermercados de Porto Alegre a colocarem assentos
dispostos no interior dos mesmos, reservados para pessoas idosas, ampliando a
obrigatoriedade aos hipermercados e às lojas de departamentos e ampliando a
reserva dos assentos a gestantes e a portadores de deficiência.
PROC. Nº 1618/07 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 007/07,
que altera a redação do art. 3º e seu parágrafo único, da Lei nº 8.417, de 22
de dezembro de 1999. (atualização/laudo de avaliação/imóveis)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a
Pauta. (Pausa.)
O Ver. João Antonio Dib
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, na Pauta, em primeiro dia de discussão, um
Projeto da Verª Maria Luiza, que pretende que os permissionários de táxi usem
bandeira 2 ao longo do mês de dezembro. E que, quando a inflação atingir os 8%,
eles tenham as suas tarifas revisadas. Quando a inflação atingir 8%, as suas
tarifas são revisadas, já que há lei nesse sentido. E, para dar bandeira 2 no
mês de dezembro, eu acho que há um equivoco. Um equívoco, porque no mês de
dezembro é quando os táxis funcionam mais, e funcionam mais justamente para
aqueles que têm menos, porque fazem compras de Natal, levam para suas casas e
precisam de táxi, porque não têm o seu automóvel particular. Então, eu acho que
pode ter muito boa vontade a Verª Maria Luiza, mas, no caso, não é concreto.
Eu
quero dizer, Srª Presidenta, que eu fui Secretário dos Transportes, por duas
vezes, e sempre respeitei a Casa do Povo de Porto Alegre. Então, eu acho muito
estranho que assuntos vinculados ao transporte da Cidade não sejam falados com
este Vereador pela Liderança do Governo que, de forma antiética, chama os dois
Vereadores da minha Bancada e vai tratar do problema de transporte. Ora, quem
foi Secretário dos Transportes por duas vezes fui eu! E eu não posso entender
que essas coisas ocorram de forma impune: isso é falta de ética, é falta de
educação. Dito isto, eu já me sinto mais tranqüilo, porque extravasei a minha
irritação pela falta de elegância da Liderança do Governo, o que eu repudio.
Há
também o Projeto da Verª Maristela Meneghetti e do Ver. Carlos Comassetto, que
propõem um Substitutivo ao Projeto do então Ver. Reginaldo Pujol, que é um
Programa de Incentivo à Produção de Empreendimentos Habitacionais de Interesse
Social. Eu acho um Projeto muito importante, e é tão importante este Projeto
que eu sugeriria que os dois Vereadores conversassem com o DEMHAB para ver se
alguma coisa pode ser aprimorada, mas que é da mais alta relevância o que aqui
está posto, é, porque nós precisamos ter condições de construir habitações
acessíveis àqueles que não têm os salários mais elevados, que não têm os
recursos mais elevados. Uma série de colocações que fazem os dois Vereadores -
Maristela Meneghetti e Carlos Comassetto - vão viabilizar um custo menor na
construção civil para esse tipo de habitação popular. Isto precisa ser aprovado
com alguma urgência até, e talvez enquadrado dentro do novo Plano Diretor que
vem aí, para facilitar mais e mais essa possibilidade de habitações de
interesse social com um custo menos elevado, o que se pode fazer deduzindo
impostos como o ITBI, o IPTU durante a construção; isto pode e deve ser feito.
Parabéns aos dois Vereadores, espero que façam um contato com o DEMHAB,
procurando aprimorar mais ainda o Projeto, e que a Cidade, por aqueles que têm
menos bens, dê a eles uma oportunidade de bem viver, porque todos têm direito à
moradia. Todos nós gostaríamos de ter uma casa própria, e esta é uma
possibilidade que está se abrindo para ajudar o DEMHAB, que é o Departamento
Municipal de Habitação. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, senhores e
senhoras, o Ver. João Antonio Dib já iniciou aqui um diálogo conosco a respeito
do Projeto que trabalhamos, na verdade, no segundo semestre de 2005 e
praticamente durante todo o ano de 2006, num colegiado de entidades composto
pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, pelas Sociedades de Engenharia, pela
Confederação Nacional das Associações de Moradores, pelo Fórum das Cooperativas
Habitacionais de Porto Alegre, pelo Fórum de Pessoas Portadoras de Deficiência
Física, pelo Sindicato dos Arquitetos, juntamente com a Caixa Econômica
Federal. Apresentamos um Substitutivo a um Projeto que já tramitava nesta Casa,
de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, mudando substancialmente o caráter do Projeto
e dando um novo enquadramento jurídico, um novo enquadramento legal ao Projeto.
Na
verdade, o Projeto do então Ver. Reginaldo Pujol oferecia benefício às empresas
que trabalham no ramo da construção civil e que se envolvem com habitação
popular. Nós revertemos o enfoque e criamos uma proposta de ter um incentivo a
um programa habitacional que contemple habitação popular e que absorva a
política de habitação popular do Governo Federal. E qual foi a origem dessa
discussão e deste Projeto?
Hoje,
colegas Vereadores e Vereadoras, por exemplo, todas as cidades da Região
Metropolitana já elaboraram uma política de incentivo a um programa, e não
podemos confundir isso aqui com incentivo às empresas, porque não é incentivo
às empresas - já lhe dou um aparte, Ver. João Antonio Dib -: é incentivo a um
programa. Portanto, as cidades da Região Metropolitana e muitas cidades como
Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas, nos últimos anos, implementaram também
esse programa de incentivo à habitação popular. Esse programa auxilia na
aplicação dos recursos do Governo Federal e que se encaixam nos custos
habitacionais que têm esses programas em cada cidade, porque, muitas vezes, por
um pequeno valor, os programas do Governo Federal - Estadual nem vou falar,
porque não tem - não conseguem ser aplicados nos Municípios; é o caso dos
conjuntos habitacionais direcionados à habitação popular, como o Imóvel na
Planta, PSH e o PAR.
Então,
este é o objeto: fazer com que o Município coloque à disposição desses
programas a sua política e redirecione esses recursos que seriam cobrados em
impostos num primeiro momento para dentro do programa, para poder reverter isso
em qualidade.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, sem demérito
ao autor do Projeto, o Substitutivo é muito melhor. Eu acho muito importante, e
a Casa não pode perder a oportunidade de aprofundá-lo, buscar apoio de todos os
lados para que saia um Projeto perfeito, e nós possamos ajudar àqueles que têm
menos oportunidade de ter a sua casa própria.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Todos
sabem, todos conhecem a posição política do nosso Partido, o PT: historicamente
nós sempre trabalhamos e continuaremos trabalhando contra isenções tributárias
que venham a favorecer um setor ou algumas empresas - que não é o caso deste
Projeto. Este Projeto reverte esses tributos que deveriam ser dirigidos, já na
construção do projeto - como taxas, ISSQN, IPTU, do empreendimento -; e reverte
essa fatia para ser aplicada a fim de poder viabilizar, inclusive, as
contrapartidas que os Municípios devem ter para o Programa de Habitação do
Governo Federal. É um Projeto que foi construído a muitas mãos, em um ano de
discussões, quase todas lá no Auditório da Caixa Federal, com esse colegiado
que se chama Fórum de Fiscalização da Aplicação dos Recursos Federais para
Habitação Popular em Porto Alegre.
Portanto,
Presidenta, Verª Maria Celeste, quero dizer que a colega Verª Maristela
Meneghetti e eu apresentamos este Substitutivo no sentido de - como a autoria era
do Ver. Pujol, do Partido da Verª Maristela - construirmos juntos, e,
discutindo com as entidades, oferecer um diálogo a esta Casa para que Porto
Alegre possa, no mínimo, se equiparar às demais cidades do Rio Grande do Sul
que hoje absorvem muitos recursos do Governo Federal para a habitação popular.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma
Srª Presidente, Verª Maria Celeste, na pessoa de V. Exª cumprimento os demais
Vereadores e Vereadoras desta Casa; público que nos assiste nas galerias e pela
TVCâmara; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; venho a esta tribuna na
tarde de hoje, neste período de Pauta, debater alguns Projetos em que acho
importante estendermos o debate, tendo em vista a relevância dos temas
abordados pelos Vereadores quando da iniciativa apregoada nesta Casa. O
primeiro deles - o Ver. Carlos Comassetto, que me antecedeu nesta tribuna, já
comentou - diz respeito ao Substitutivo ao Projeto de Lei de autoria do Ver.
Reginaldo Pujol, que, em realidade, é uma parceria do Ver. Carlos Comassetto
com a Verª Maristela Meneghetti, que institui o Programa de Incentivo à
Produção de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social, vinculado a
cooperativas, a associações, a entidades da sociedade civil ou a programas
oficiais desenvolvidos pelo Poder Público Municipal, Estadual ou Federal,
mediante a isenção de taxas e de impostos, e dá outras providências.
Quero
dizer que, da minha parte, sempre vamos estar a favor dessas iniciativas que
visam à habitação popular. Nós sabemos que hoje o déficit habitacional na nossa
Cidade é muito grande, e percebemos também que essa iniciativa já vem sendo
amadurecida nesta Casa, por ter sido uma iniciativa do Ver. Pujol - um Vereador
que já teve uma larga experiência no Poder Legislativo Municipal - e agora, me
parece que está sendo aperfeiçoado em alguns aspectos este Projeto de Lei.
Portanto,
é uma iniciativa que visa a trazer soluções, funcionar como uma ferramenta e
alternativa à questão de empreendimentos habitacionais de interesse social na
nossa Cidade. E quando nós falamos em vínculos a cooperativas, associações e
entidades, nós sempre temos o respaldo da sociedade civil organizada, o que é
muito importante com temas dessa natureza.
Gostaria
também de falar a respeito do PLL nº 015/07, de autoria do Ver. Haroldo de
Souza. Inclusive no período de Pauta da semana passada fiz menção a esse
Projeto que altera a ementa e o art. 1º, e inclui § 3º ao art. 1º da Lei nº 8.244, de 10 de
dezembro de 1998, que obriga os grandes supermercados de Porto Alegre a
colocarem assentos dispostos no interior dos mesmos, reservados para pessoas
idosas, ampliando a obrigatoriedade aos hipermercados e às lojas de
departamentos e ampliando a reserva dos assentos a gestantes e portadores de
deficiência.
Nós
temos tido uma larga discussão nesta Casa a respeito de políticas públicas a
serem implementadas a pessoas portadoras de deficiência. Inclusive, no primeiro
ano desta Legislatura, participei da Comissão Especial que foi formada nesta
Casa para tratar das pessoas portadoras de deficiência. Hoje, tramita na Casa
um Projeto a respeito da criação do Conselho Municipal das Pessoas Portadoras
de Deficiência, com um Substitutivo do Ver. Aldacir Oliboni, e acho importante
que nós possamos trazer para o debate, Ver. José Ismael Heinen, toda e qualquer
iniciativa que possa trazer algum benefício para a comunidade e para as pessoas
portadoras de deficiência. Então, também o nosso reconhecimento à iniciativa do
Ver. Haroldo de Souza, porque percebemos movimentos deste Governo no sentido de
realmente implementar políticas públicas que tragam reais avanços e conquistas
para essa minoria que é composta pela comunidade das pessoas portadoras de
deficiência.
Então,
este Projeto que visa reservar mais alguns assentos às pessoas que vão ao
supermercado e que são portadoras de deficiência, e às gestantes, também é uma
iniciativa importante, visto que, na realidade dos fatos, nós percebemos muitas
vezes que essas pessoas portadoras de deficiência, até as pessoas mais idosas
ou gestantes aguardam no supermercado, enquanto um familiar, um filho, um
adolescente transita dentro do supermercado fazendo as compras, e depois, na saída,
encontra com aquela pessoa, enfim, e aí, então, já estão se direcionando para o
término das compras.
Por
fim, ainda tramitando em Pauta, eu gostaria de fazer uma breve menção ao
Projeto do Legislativo, de autoria da Ver.ª Maria Luiza, do PTB, o PLL nº
022/07 que visa autorizar os taxistas, em caráter definitivo, a cobrar Bandeira
Dois, durante o mês de dezembro. Em realidade, neste caso, a Vereadora está
procurando garantir aos taxistas, no mês de dezembro, o direito ao 13º Salário,
que seria a bandeira 2, durante aquele mês natalino. Então, é uma iniciativa
que nós devemos apreciar com muita cautela, com muito respeito, mas nós sabemos
como é importante que a categoria do taxista esteja vinculada a políticas
públicas que possam dar algum respaldo; até por que, hoje em dia, o taxista é
um cartão de visita, entre aspas, da Cidade. E tudo o que nós pudermos fazer
para beneficiar e colaborar com essa categoria, que é uma categoria bastante
expressiva na nossa Cidade - hoje são quase quatro mil permissionários, mais de
doze mil motoristas de táxi -, acho importante nós trazermos para o debate,
assim como esse tipo de ação, esse tipo de iniciativa da Verª Maria Luiza.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Excelentíssima Srª Presidenta-Vereadora, Maria Celeste; nobres colegas
Vereadores e Vereadoras, eu estive lendo atentamente o Substitutivo que
institui o Programa de Incentivo à Produção de Empreendimentos Habitacionais de
Interesse Social, pois toda vez que se fala em habitação, principalmente em
habitação social, no nosso País, eu sou um aficionado, sou um apaixonado,
porque, realmente, é uma deficiência gritante no nosso País a falta de
habitações. E habitação de interesse social, eu acredito, não deva ser aquela
habitação pobre. Já existe a Lei nº 9.939, em Porto Alegre, que dá a residência,
conforme o sonho, conforme o projeto carinhoso de cada pessoa. O que quero
dizer é que existem coisas boas nesse Programa, mas muitas coisas repetitivas
que já são lei em nosso Município, e outras coisas boas que estão junto com os
outros Projetos aprovados e que não constam neste Projeto. Então, estou vendo
aqui uma miscelânea de projetos tratando sobre o mesmo assunto, com pequenas
derivações.
Com relação à isenção do IPTU durante a construção,
ou em um determinado tempo da construção, já existe a regulamentação na
cobrança do IPTU.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ismael, V. Exª tem razão, porém qual
é a diferença que nós estamos apresentando nesse estudo? A Lei que nós
aprovamos isenta do pagamento do IPTU, e esse recurso pode ficar com a empresa
ou com o proprietário lá do terreno. O que nós estamos propondo? Que essa dita
isenção, esses valores, sejam transformados em valores para serem aplicados no
Programa Habitacional. Portanto, não estamos eximindo o Poder Público de poder
utilizar esses recursos, mas, nesse caso, diretamente em benefício dos projetos
de habitação popular prioritária. Porque, muitas vezes, num programa, falta uma
parcela muito pequena, são isentos os impostos e eles caem num outro fundo que
não dirigido ao próprio programa. Então, essa é a diferença. Muito obrigado.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Agradeço pela
intervenção do nobre Vereador. Não estou contra. E com certeza temos outros
Projetos que já estão tramitando, já aprovados, até sancionados na Prefeitura,
a respeito desse mesmo tema, e até mais abrangentes; porque ele fala
especificamente sobre o habite-se - a pessoa que adquire, que vai construir a
sua casa própria por meio de cooperativa, por projetos, seja lá o que for, que
atinja até um determinado valor da sua renda, ela tem a gratuidade do projeto
para a aprovação com o habite-se, no momento em que ela cumpre uma parte da
construção da casa. E depois, de posse do habite-se, ela pode completar o
projeto da sua casa, conforme as suas possibilidades de ganho, e, num primeiro
momento do habite-se, há um detalhe: conforme a faixa de renda, praticamente a
fundo perdido pelos projetos da Caixa Econômica Federal. Eu não estou vendo aqui, plenamente,
uma redundância. Acredito que este Projeto, talvez, venha a contemplar algumas
coisas que não estão no outro projeto, mas talvez nos outros projetos o
adquirente seja melhor aquinhoado pelos já existentes, como a Lei nº 9.939, que
já está sancionada pela Prefeitura Municipal. Mas, de toda a sorte, quero
parabenizar os autores deste Projeto que vem ao encontro de uma grande
preocupação que nós temos, principalmente com as cooperativas, que neste
Projeto constam en passant, como se cooperativas fossem um adendo.
Eu
acho que através do cooperativismo puro, honesto, bem regulamentado é que nós
vamos atingir verdadeiramente a auto-estima do indivíduo quando da aquisição
decente da sua casa própria, e fazer da sua família uma família honrada, feliz,
merecedora da participação dos progressos do nosso País.
Eu
acho que este Projeto teria que focar mais o cooperativismo, mas, de toda
sorte, eu o parabenizo. E acho que é mais um mecanismo - mesmo que algumas
coisas estejam em redundância - que vem a favorecer a aquisição da casa própria
por esse povo tão necessitado do nosso País. Obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Verª
Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, venho à
tribuna neste período para discutir dois Projetos de Lei ligados, inclusive, à
minha atividade profissional: engenharia. Um deles é exatamente esse que todos
os Vereadores abordaram inicialmente, o Projeto de autoria do Ver. Pujol, com
Substitutivos da Verª Maristela Meneghetti e do Ver. Carlos Comassetto. E
outro, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que dará o Título de Cidadão
Emérito ao Engenheiro - nosso colega - Newton Garcia Quites.
Com
relação a esse que institui o Programa de Incentivo à Produção de
Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social, que é Substitutivo, eu
também quero dizer da grande importância do mesmo, é um tema fundamental. A
casa faz parte da estrutura psicológica, é uma das grandes necessidades do ser
humano. Sempre digo que, inclusive, quando a gente conhece a casa de alguém, a
gente tem condições de falar sobre essa pessoa, como é essa pessoa ou essa
família; a casa é o espelho de uma pessoa ou de uma família. A casa é um
direito absolutamente fundamental, e, a partir daí, a gente busca a proteção,
um teto; a partir daí, a gente busca a educação, a saúde, a alimentação, mas é
preciso o local, a proteção que cada um de nós precisa. Portanto, todo esforço
que vier nessa direção deve ser apoiado. No entanto, conversando com o Ver.
Comassetto, eu comentei que no art. 3º, que trata da isenção do IPTU, diz que
será concedida pelo período em que durar a execução do empreendimento
habitacional de interesse social. Eu acho que nós temos de pensar, talvez aqui,
um parágrafo em que se verificasse - e a gente sabe que em todo agrupamento
sempre há alguns que querem tirar proveito disso - uma possibilidade de não
deixar que a obra fosse se alongando, fazendo pouquinho hoje, um pouquinho
outro dia, não tocando a obra para conseguir a isenção do IPTU, de novo, para
aquele terreno. Então, que a gente possa fazer - os autores poderiam conversar
de novo - uma emenda, incluindo um parágrafo onde a gente possa fazer essa
proteção.
A
outra é que no art. 7º, Ver. Comassetto, consta a criação do Fundo Municipal de
Habitação, mas não diz de onde virão os recursos para compor esse Fundo, e, se,
de fato, nós estamos dando isenção do IPTU e do ISSQN, esses recursos, por
óbvio, não constituirão o Fundo, na medida em que há uma isenção. Então, acho
que há um pouco de indefinição nesse ponto, porque se será criado o Fundo, é
necessário que a Lei diga de onde virão os recursos para compor esse Fundo.
O
Sr. Carlos Comassetto:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nesse caso específico, Ver.
Guilherme Barbosa, como estamos iniciando o diálogo a respeito do Projeto, nós
estamos dizendo que, se não for aplicado no Programa, se for desviado, aquele
responsável terá algumas penalidades.
O
SR. GUILHERME BARBOSA:
Sim, mas isso é a multa.
O
Sr. Carlos Comassetto: E
essa penalidade é direcionada para o Fundo Municipal, um dos pontos que nós
estamos colocando.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: É
uma parte. Colega e amigo, Ver. Comassetto, aí nós vamos ficar torcendo para
que alguém cometa uma irregularidade para puni-lo e ter-se recursos para o
Fundo. Eu acho que não pode ser por aí. A gente não vai querer que haja
irregularidade, que a coisa funcione, portanto. Tem de haver recursos de outra
origem, e, quem sabe - eu acho que talvez tenha sido essa a idéia -, aqueles
impostos do IPTU, do ISSQN, em vez de irem para o cofre geral da Prefeitura,
irão exatamente para irrigar esse fundo de investimento na moradia popular.
Fica a idéia.
Por
último, comentando o Projeto do Ver. João Dib, o engenheiro Newton Quites - é,
de novo, e já foi outras vezes -, Presidente da Sociedade de Engenharia, uma
das entidades quase centenárias - não tenho certeza, Ver. Dib -, mas se não o
for, está perto disso, no Rio Grande do Sul. É um empresário vitorioso, a sua
empresa que trabalha com fundações e estruturas, é reconhecida. Portanto, o
nosso apoio e a homenagem ao engenheiro Newton Quites.
Acho
que são projetos interessantes, importantes, que comentei neste espaço.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerrada a discussão de Pauta.
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, público que nos assiste nas galerias e na TVCâmara, senhoras
e senhores, venho a esta tribuna, hoje, para uma Comunicação de Líder, falando
em nome do meu Partido, o PDT, composto, nesta Casa, pelos Vereadores Nereu
D’Avila, Neuza Canabarro, Mario Fraga, Ervino Besson e este Vereador.
Inicialmente,
neste período, gostaria de falar um pouco a respeito da notícia veiculada no
dia 9 de abril (Mostra a reportagem.) a respeito dos Portais do Guaíba.
Casualmente, o primeiro Portal que está sendo construído e adaptado fica próximo à minha residência, sou morador da Tristeza, e percebemos que, por iniciativa da Prefeitura, e através das compensações, praticamente será sem custo nenhum. Os Portais do Guaíba serão instalados em oito pontos da Zona Sul, que são: na Rua General Rondon; na Rua Vicente Failace; na Rua Dr. Barcelos; na Avenida Otto Niemeyer; na Rua Dr. Armando Barbedo; na Rua Almirante Câmara; na Rua Dr. Mário Totta, e na Rua Padre Réus.
Esta
foi uma foto que pessoalmente tirei (Mostra a foto.) numa visita à obra, e,
realmente, entendo que é uma medida inteligente da Prefeitura, porque não
acarreta ônus ao erário. E será, tenho certeza, uma iniciativa que aproximará a
Cidade do rio.
São
oito pontos, oito ruas, que terminavam no rio Guaíba, que tinham pouca
infra-estrutura, e que, agora, me parece, servirão para aproximar o rio Guaíba
da Cidade. Quero também fazer menção à obra inaugurada esta semana pelo
Prefeito Fogaça, da escadaria que liga a Av. Duque de Caxias à Rua André da
Rocha, também uma iniciativa importante. São alguns pequenos detalhes que vão
qualificando, em realidade, o cotidiano daquelas pessoas que por ali passam,
que por ali fazem o caminho do seu cotidiano e que, com certeza, quando se tem
um lugar iluminado, um lugar ajeitado, com corrimãos para descer as escadas,
enfim, tenho certeza de que essas pequenas iniciativas agregam valor à nossa
Cidade, e estas, fundamentalmente, que darão mais visibilidade ao rio Guaíba,
têm todo o nosso respaldo e todo o nosso apoio.
Mas
eu gostaria também de trazer para a data de hoje uma polêmica a esta tribuna.
Tenho certeza de que falo em nome de toda a Bancada, pois é um assunto
importante, que provavelmente será votado hoje, sobre o qual não poderia me
furtar de dar a minha opinião, que diz respeito a este Projeto de Lei com
relação à Brigada Militar. Hoje temos aqui também presentes os integrantes do
alto escalão da Brigada. Este Projeto de iniciativa da Verª Maria Celeste
praticamente tomou conta do debate desta Câmara Legislativa, na semana passada,
quanto à liberação do uso da farda, para isenção do pagamento do transporte
coletivo em Porto Alegre; muitas foram as argumentações, enfim, o debate foi
acalorado.
Mas
eu gostaria também de fazer uma pequena reflexão sobre este debate, Verª Maria
Celeste, porque, realmente, nós ainda depositamos, e o povo gaúcho como um
todo, muita confiança na Brigada Militar - até há pouco o PDT esteve à frente
desta Secretaria, na pessoa do Secretário Enio Bacci que, em função da sua
agilidade, do seu empenho, do seu profissionalismo e da sua qualidade,
infelizmente, não dará continuidade ao seu trabalho. Mas eu gostaria de dizer o
seguinte: o que ocorre é que as pessoas depositam muito da sua confiança, muito
da sua segurança na nossa Brigada Militar, e quando nesta Casa nós atribuímos a
questão do uso da farda como um problema a ser enfrentado pelos brigadianos, ou
seja, utilizamos o argumento de não utilizarem a farda em função da sua
segurança, eu acho que aí nós estamos invertendo, Ver. Sebenelo, uma
responsabilidade que está atribuída à nossa Brigada Militar. Quando a Brigada
Militar estiver acuada e com medo dos bandidos, aí, então, a sociedade já não
tem outro caminho a seguir. Então, eu gostaria de trazer essa reflexão, porque,
na verdade, um brigadiano que está dentro do ônibus, com a farda, está
oferecendo, sim, àquelas pessoas que estão dentro daquele ônibus, segurança. E
um bandido, quando entra no ônibus e percebe que existe um brigadiano de farda
naquele ônibus, provavelmente vai descer daquele ônibus e vai pegar o outro
ônibus. Eu gostaria de trazer isso para a reflexão. Pode até ser que eu esteja
errado, mas a Brigada Militar ainda é o pilar, o alicerce da Segurança no nosso
Estado e na nossa Capital. E quem tem que ter medo da farda são os bandidos. A
segurança da nossa comunidade ainda está muito calcada, e nós ainda temos muito
vinculado ao respeito que tem os cidadãos à Brigada Militar. Então, eu gostaria
de trazer para a reflexão essa opinião.
Eu
falo em tempo de Liderança, porque conheço todo o entendimento e a posição da
nossa Bancada, composta pelos Vereadores Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Ervino
Besson e Mario Fraga, porque sei que este é um Projeto polêmico, mas ainda acho
que a questão da Segurança está muito vinculada à questão da nossa Brigada
Militar. Claro que sem demérito à Polícia Civil, à Polícia Federal, enfim, aos
outros mecanismos de Guarda Municipal, mas temos certeza de que a Brigada
Militar ainda é um pilar, um alicerce da nossa sociedade. E a Brigada não pode
estar acuada. Quem tem que ter medo de brigadiano são os bandidos. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos, colegas Vereadoras, colegas
Vereadores, a Verª Sofia levantava aqui a questão do Plano Diretor, e a
primeira pergunta que eu queria fazer é a seguinte: O Plano Diretor, a proposta
apresentada é para valer, ou vingará aquilo que a gente viu na imprensa que
será jogada para as calendas? Outra pergunta que eu faço, Verª Margarete
Moraes, Ver. Guilherme, que já foi Secretário da SMOV: a fiscalização da SMOV
ainda existe? Como explicar, Ver. João Dib, um novo acidente, agora caindo
pedaços de lajes, não sei o que, em plena rua Padre Chagas?! E a coisa é feita
e arrumada de uma forma tão ligeirinha, que precisaram de dois dias, fecharam a
rua Padre Chagas por dois dias, uma rua de alta circulação, inclusive sábado à
noite! O que está havendo? Não há plantões no final de semana? Não há dinheiro
para pagar hora extra para fiscais? Cortaram as horas-extras dos fiscais? Hoje,
encaminhei, pela minha Bancada, um Pedido de Informações sobre uma denúncia que
nos chegou de que teriam pagado mais de 40 mil reais de hora extra para um
ex-CC da Secretária Municipal da Saúde! É claro que aí vem à Câmara o nosso
balanço: mais gastos em Saúde, mais gastos em Educação. Ora, engordando os CCs
com horas extras, é claro que vai haver mais gastos. Outras questões que nos
foram levantadas: na Saúde, por exemplo, pessoas que estão lotadas no Gabinete
estão em uma área de ponta, azucrinando funcionários de carreira, exigindo que
façam prestação de contas assim ou assado! Mas para isso existem pessoas
concursadas, Ver. João Dib! Outro exemplo: Superávit?! E os empenhos cancelados
de dezembro? Assim é fácil, assim se faz superávit. Maquiagem! É o que nós
podemos detectar, a se confirmar, e nós não tivemos tempo para esmiuçar, para
olhar. Mas vou fazer um ofício, pedindo um debate, e, se necessário for, que se
convoque um técnico que o presidente da nossa Comissão de Economia, Finanças, Orçamento
e do Mercosul queira colocar, o Ver. Garcia, que é da base do Governo e que
preside a nossa Comissão, porque a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e
do Mercosul tem que analisar o Orçamento da Prefeitura. Eu, que
sou membro dela, sou Líder da oposição, pretendo fazer com que nós tenhamos
esse debate, e eu colocarei, evidentemente, um técnico de minha confiança para
fazer esse debate. É um direito que eu tenho.
Mas, como perguntar não ofende, eu queria saber,
inclusive aproveitando a estada hoje aqui do Secretário Senna, que está brabo
por causa de um carimbo que eu coloquei na sua gestão... É simples: se ele
responder aos nossos Pedidos de Providência, nós responderemos da mesma forma,
qual seja, educada e civilizadamente. Nós queremos debater! Nós queremos
debater, por exemplo, o vazio de interesses acerca dos Portais. Nós queremos
discutir, porque o bairro Cidade Baixa é contra, o bairro Azenha é contra. Vide
a matéria que saiu no jornal Oi, na sexta-feira: a fala das pessoas no bairro
Azenha. Não é apenas a Liderança do PT, não é apenas o Ver. Marcelo Danéris, o
Ver. Oliboni, o Ver. Todeschini, a Verª Margarete, a Verª Sofia, o Ver.
Comassetto, ou seja lá quem for; não; é a população que está fazendo esses
questionamentos, e nós queremos debater isso a fundo. Então, como ninguém
queria falar, mas como Líder do PT, já vi que há uma enfiada de representantes
do Governo que poderão nos esclarecer, quem sabe o Ver. Ismael ajude-nos a
esclarecer algumas questões. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Excelentíssima Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; nobres colegas
Vereadores, talvez esta seja minha última oportunidade, antes da votação, de
falar a respeito de um direito líquido e certo que têm a nossa Brigada e a
nossa Guarda Municipal. E eu tenho certeza de que esta Casa não vai faltar com
o reconhecimento desse direito. A gente ouviu tantas coisas serem ditas aqui,
mas eu não tive o trabalho de anotá-las, não. Mas a única categoria que, neste
Brasil, não recebe vale-transporte são a nossa Brigada Militar, a nossa Guarda
Municipal. Há uma lei instituída para que todos os trabalhadores brasileiros
tivessem o direito ao vale-transporte, e só essas duas categorias não têm. Eu
vejo que esse Parlamento tem que ser livre, tem que ser soberano, mas, para que
ele seja livre, seja soberano, ele tem que ser justo. Ele nunca será livre,
nunca será soberano, se nós não formos justos e não dermos todos os direitos a
toda população da nossa Cidade, ou do nosso Estado. De 2001 até a presente
data, 12 cidadãos, agentes da Segurança pública, fardados, perderam suas vidas
nos ônibus! Na sexta-feira passada, ocorreu um acontecimento na Zona Sul e
outro na Zona Norte: brigadianos dentro do ônibus foram atacados por três
bandidos. Por quê? Porque um dos brigadianos estava despreparado: ele estava
sozinho, não estava em missão. Três indivíduos surraram o brigadiano,
tiraram-lhe a arma. Essa é a vida, essa é a sina do agente de Segurança
pública! Eu ouvi dizerem tantas coisas, aqui, que me deixaram aterrorizado -
porque eu também já vesti farda -, como, por exemplo, de que o brigadiano não
tem problema de andar fardado nos ônibus, de ir para casa fardado, seja onde
quer que ele vá, porque ele ganha uma indenização pós-morte! Eu ouvi isso aqui!
Gente, será que nós, Parlamentares de Porto Alegre, damos esse valor à vida
humana?! Então uma indenização vai pagar uma vida?! A vida, no meu conceito,
não tem custo, desde que ela possa ser preservada, desde que ela possa ser
salva; nem custo e nem dinheiro! Se nós não conseguirmos dar a esse cidadão
brasileiro o seu devido direito, eu tenho certeza de que esta Casa vai cometer
uma injustiça. E eu apelo à consciência das pessoas, e não venham me dizer da
importância do custo que vai ter. Vejamos o seguinte: se nós déssemos o
vale-transporte para a Brigada Militar, que é competência do Estado, mais para
a nossa Guarda Municipal, com certeza a passagem do ônibus teria que diminuir!
Agora, nós trocarmos a farda, simplesmente a farda, por uma roupa, que é um
direito dele, de cidadania, de
ele entrar pela porta da frente do ônibus, com a sua identificação de
brigadiano, de guarda civil, qual seria a diferença de custo? Nenhuma. E, se
déssemos o vale-transporte, que é pago com o imposto do povo brasileiro, aliás,
do povo da nossa Cidade, a nossa Cidade teria, com certeza, passagens de ônibus
mais baratas.
Eu
vejo, gente, que está apenas dependendo de uma coisa só: de este Parlamento,
que, além de ser soberano, ser livre, seja justo e tenha vontade política de
dar o justo direito a quem merece, porque, se isso não acontecer, eu tenho
certeza, nós vamos pagar mais caro daqui para frente. Tornar-se-á insustentável
nós defendermos juridicamente que apenas eles não têm direito neste País, como
se nem trabalhadores fossem. Então vamos encontrar uma solução. Nós temos dois
caminhos e não podemos abrir mão. Deixamos como está a lei da isenção e levamos
a eles o vale-transporte; ou permitimos que esse cidadão preserve a sua vida e
ande como ele puder andar, identificando-se, entra no ônibus como entra o
soldado fardado. Essa é uma das soluções simples. Temos outras soluções que nós
podemos fazer também. Eu estou emocionado, gente, mas eu tenho a certeza de que
este Parlamento há de fazer justiça, para que ele seja forte, livre e soberano.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Srª Presidenta; Srs. Vereadores, uma das grandes revelações desta Casa é o Ver.
José Ismael Heinen, pelo seu trabalho e pela sua competência. Lamentavelmente,
nesse episódio criado pelo Projeto de isenção aos brigadianos, nós estamos em
campos opostos, e eu entendo, Ver. Heinen, que esse é um problema exclusivo do
Executivo Estadual. O Executivo Estadual tem que fornecer vale-transporte e
transporte gratuito à Brigada Militar. Não podemos transferir essa obrigação e
esse dever do Estado do Rio Grande do Sul à cidade de Porto Alegre,
prejudicando, na minha opinião, àquelas pessoas que já fazem o rateio.
Inclusive, nós pedimos a isenção para os esquizofrênicos e não conseguimos.
Evidentemente
que a Brigada está no nosso coração. São trabalhadores? São trabalhadores, sim.
Mais do que isso, hoje segurança é algo de precioso, e segurança é algo que o
inconsciente coletivo do povo brasileiro anseia, pela sua carência, em todos os
pontos do país. O valor do trabalho é inquestionável. Porém, é também
inquestionável que outras facções da população de Porto Alegre necessitam, pela
sua carência, de isenção de passagem de ônibus.
Não
foi feliz o legislador ao propor que se desviasse esse foco de um muito mais
poderoso para ser resolvido, que é o Estado, e de um de muito menor poder e de
menor abrangência. Na minha opinião, o foco do Projeto está errado em relação
ao problema do transporte dos brigadianos. Isso é uma questão do Estado, é uma
questão de vale-transporte, é uma questão, inclusive, de gastos do Orçamento do
Estado, nada tendo a ver com a Prefeitura de Porto Alegre e muito menos, já que
nós estamos repartindo miséria com aquelas pessoas que têm carência muito
grande nessa área, por exemplo, os esquizofrênicos e familiares, para quem nós
já cansamos de pedir isenção e não conseguimos. Pelas mesmas razões e pela
mesma desigualdade que se torna a concessão de isenção àquelas pessoas, de um
lado, e essa concessão ter repartido o seu custo com outras pessoas que nada
têm a ver com o problema. Não que a Brigada nada tenha a ver, ao
contrário, temos tudo a ver com a Brigada Militar, dependemos da Brigada
Militar diretamente, acho que as questões ou são salariais, ou são questões de
transporte reguladas pelo vale-transporte, nunca por uma isenção, que,
inclusive, acarreta prejuízo a outras áreas, a outras demandas no rateio final.
Não existe almoço gratuito, nós sabemos que sempre sai de algum lugar, sempre
sai de algum bolso o custo dessas passagens, então, como o custo já tem
responsável, esse custo já tem inclusive todo um processo burocrático definido,
e quem tem responsabilidade sobre o transporte do brigadiano, dentro ou fora do
serviço, é o Estado do Rio Grande do Sul. Não vemos por que aprovar esse tipo
de Projeto, por mais simpatia que tenhamos pela Brigada, por mais respeito pela
sua tradição, e principalmente pela sua produção, pelo seu trabalho incansável
e permanente, 24 horas por dia, mas também nós teremos que dar a outras facções
que trabalham também 24 horas por dia, que estão sempre de plantão, temos que
fornecer vale-transporte para eles no mesmo nível da Brigada Militar. Como não
dá para dar para todos, acho que dar para um é injusto, especialmente porque
está ectópico, completamente fora de lugar, está localizado numa Cidade, e o
problema é do Estado do Rio Grande do Sul, é do vale-transporte para o
brigadiano, assegurando-lhe o seu transporte com ou sem fardamento, não
importa. Nada a ver com essa questão de ratear essa isenção com outros que já a
têm, e o que é pior, com aqueles que pagam um custo maior da passagem por
fornecer essa isenção, que deve parar por aqui.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. DR. RAUL: Srª
Presidenta, Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e
aqueles que nos assistem, venho a esta tribuna para relatar a minha satisfação
por um evento ocorrido, na quinta-feira, que foi a assinatura, pela Câmara de Vereadores,
pela COSMAM - por intermédio deste Vereador -, do Protocolo de Intenções sobre
Planejamento Familiar, e, na Assembléia Legislativa, com seu Presidente,
Frederico Antunes, e também com a participação do Judiciário. Eu acho que essa
é uma iniciativa muito importante que faz com que as pessoas realmente se
motivem por essa área.
Eu gostaria de reiterar também, como coloquei nesse
evento, a necessidade da nossa Capital, Porto Alegre, ter o seu próprio
Protocolo de intenções nessa área do planejamento familiar, onde se unam as
entidades públicas e civis em prol de um planejamento familiar mais dinâmico e
efetivo para a nossa sociedade.
Também, no momento, tive a oportunidade de convidar
o Deputado Frederico Antunes, que levantou essa questão de maneira muito forte,
em nível estadual, para ser um dos palestrantes no fórum de planejamento
familiar que será realizado aqui na Casa, no mês que vem.
Gostaria também de relatar que levei a ele Projeto
de minha autoria, que cria o Centro de Planejamento Familiar de Porto Alegre, e
ele se mostrou muito interessado e pediu detalhes sobre o Projeto.
No dia seguinte, na sexta-feira, tive a
oportunidade de participar de um outro evento de grande importância para a
sociedade, para a Saúde em especial, que foi o evento sobre o Pacto pela Saúde,
organizado pelo nosso Conselho Estadual de Saúde, onde também tive a
oportunidade de presenciar as iniciativas em nível federal, estadual, no
sentido de que haja realmente um pacto pela vida em defesa do SUS e pela gestão
efetiva da saúde do nosso Brasil, inclusive diminuindo o número de
portarias e objetivando o gerenciamento e a prestação de serviço pelo sistema
público pelo Sistema Único de Saúde.
Também gostaria de dizer da minha satisfação de ter
visitado a Gerência de Materiais do Município de Porto Alegre, o nosso
Almoxarifado Municipal, e, com a companhia da Diretora Ana Maria, tive a
oportunidade de conhecer, de uma maneira mais profunda, como funciona a questão
dos medicamentos especiais, do material de consumo, da distribuição, e ver que
existe realmente uma boa vontade, e não só a boa vontade, existe um serviço
funcionando, efetivo, que visa a manter as unidades bem abastecidas na sua
medicação. Sabemos que o controle total é difícil, mas que o volume de
medicamentos que têm sido adquiridos é um volume dentro das portarias que o SUS
preconiza, e a sua distribuição tem sido feita de maneira efetiva. Existem
falhas pontuais, como todos sabemos, de determinadas medicações; existe,
inclusive, uma interação entre as questões que envolvem o SUS em nível de
medicação estadual e municipal.
Então, fiquei realmente satisfeito de ver que as
coisas estão andando, embora efetivamente possam ser melhoradas, e nós lutamos,
permanentemente, em todos os níveis do nosso Sistema de Saúde. Saúde para
todos!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta
Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
senhoras e senhores. Na semana passada, a CECE - Comissão de Educação, Cultura,
Esporte, Lazer e Juventude - teve uma reunião extraordinária no Colégio
Guerreiro Lima, na Rua Guaíba, na Lomba do Pinheiro. Essa reunião extraordinária
foi solicitada, Verª Clênia Maranhão, pelo Conselho Popular da nossa região da
Lomba do Pinheiro, para que, juntamente com o Ministério Público, com a
Secretaria Municipal de Educação, bem como com a Secretaria Estadual de
Educação, pudesse ouvir as demandas, os problemas que aquela região está
enfrentando.
Todas as senhoras e os senhores têm ciência de que
a nossa região, inclusive pelo IBGE, tem um número populacional maior do que a
da Restinga. Qual é o problema, então? O problema realmente é geográfico,
porque a Restinga, bem como a Zona Norte ou outras regiões, são concentradas,
enquanto que a nossa querida Lomba do Pinheiro é um pouco um “bicho
geográfico”. É uma região linda, maravilhosa, mas ela é de uma extensão
fantástica; portanto, nós temos essa dificuldade geográfica no sentido do
transporte, das localizações. Então isso acaba tendo um reflexo no sentido da
sua organização. Nós temos sete escolas estaduais na Lomba do Pinheiro, e hoje
são aproximadamente 80 mil moradores. Vocês sabem - e aqui está quem pode-nos
ajudar a dar esse testemunho, o Secretário Senna, que nos assiste com atenção -
das dificuldades, inclusive em relação ao transporte. Lá existe inclusive um
transporte circular, e uma das aspirações da comunidade é um transporte específico para as escolas, um transporte escolar.
Existe o projeto “Vou à Escola”, que, na verdade, hoje penaliza muito as
famílias. Ele resolve, claro, tem boa vontade, é um Projeto bom, só que os pais
não querem! E com razão, eu também não largaria um filho de seis anos, sozinho,
ou com um acompanhante estranho para ir à escola.
E
aqui entra, sim, uma questão de fundo de discussão em relação às isenções. Se
nós tivéssemos menos isenções, as nossas mães, os nossos pais, hoje, poderiam
ter ficha de ônibus para poderem levar os seus filhos. Se todas as categorias
tivessem a sua ficha de ônibus - e não é um problema aqui de estar fardado ou
não -, teriam dignidade e não jogariam a responsabilidade, muitas vezes, para a
Câmara de Vereadores, como se aqui existissem bons e maus. Aliás, eu quero
entrar no mérito, depois, no outro momento, no encaminhamento do Projeto que
será votado nesta Casa ainda no dia de hoje.
Verª
Clênia Maranhão, temos debatido constantemente com a Secretária Marilu o
problema das escolas, da falta de vagas. Por exemplo, o DEMHAB hoje promove
várias organizações de loteamentos e torres, com uma região de periferia, e a
Restinga será uma das primeiras a receberem, onde nós vamos ter, só no
loteamento da Parada 8, mais 10 mil famílias! No loteamento da Parada 17, o
DEMHAB chega a colocar que tem posto de saúde, escola, enfim... E não é
verdade, o que existe ali é só escola e posto de saúde de anos, que não suprem
a demanda de hoje! Aí não resolvem os problemas da região, na área do DEMHAB, e
promovem novos loteamentos, criando um novo plano social, trazendo o
problema de volta para a comunidade.
Na
Dolores Duran, por exemplo, também são cinco torres, com o Sívia Torres, um
colégio estadual, apenas um pequeno colégio para toda essa demanda de estudantes
lá! Temos um colégio de Segundo Grau, Ver. João Antonio Dib, que é o Rafaela
Remião, na Parada 6, que foi conquistado durante a gestão do Governador Olívio
Dutra, que nunca mais - com a Frente Popular toda organizada com a comunidade -
foi ampliado em absolutamente nada! Faltam treze professores, coincidentemente,
Verª Sofia Cavedon, no Colégio Rafaela Remião! Existem alunos do EJA que vão se
formar, faltando fazer Biologia, e vão ter de fazer lá no verão uma
complementação; o que deveria ser feito em quatro anos, vão fazer em dois, três
meses!
Então,
não é aqui uma fala de ser oposição por oposição, é uma realidade, é uma panela
de pressão que vai estourar. E lá o que aconteceu? No dia haveria uma votação
fundamental, eu gostaria de estar aqui para dialogar aqui com a Brigada
Militar, que aqui esteve presente, no entanto, eu tinha que estar lá. Pena, que
faltou meu voto, mas faltou também o voto da Verª Maria Celeste, que estava
aqui e que poderia ter definido, naquele dia, a votação. Mas, infelizmente, eu
não pude colaborar naquele dia, para a gente resolver e encaminhar um problema
tão sério. Aliás, eu tenho uma proposta para colocar aqui, junto com a
corporação da Brigada Militar, que merece todo o nosso respeito, e depois quero
entrar no mérito em relação ao meu ponto de vista.
Srª
Presidenta, quero dizer que os membros da CECE voltaram bastante preocupados da
nossa região, a Lomba do Pinheiro, que também é uma Região da cidade de Porto
Alegre. Temos vários encaminhamentos. O próprio Conselho Tutelar entrou com uma
demanda no Ministério Público para que sejam equacionadas na Justiça algumas
questões que são urgentes. E nós queremos discutir novamente o projeto “Vou à
Escola”, porque não é possível que a gente vá “azeitar” as coisas usando apenas
um pai ou uma mãe de outra família que a gente não conheça para resolver os
problemas dos nossos filhos. Obrigada pela tolerância. Com certeza, na tarde de
hoje, quero dialogar, com todo o respeito, durante a votação do projeto da
nossa querida Brigada Militar com uma demanda nesta Casa. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje faz 106 dias que
a Yeda é Governadora do Estado do Rio Grande do Sul. E em todos esses 106 dias,
meus amigos, pela Av. Baltazar de Oliveira Garcia, nada foi feito até agora!
Até quando nós vamos lutar?
Mas
alguma coisa aparece por aí; nós tivemos uma reunião com a Presidenta, uma
audiência com o Secretário Zacher. Fomos atendidos, e uma esperança nos deram,
disseram que, dentro de 60 dias, as obras reiniciariam. Mas já se passaram mais
uns dias, vão passando, vão passando e, quando se vê, terminou o ano.
Faltam
259 dias para terminar o ano. Também quero dizer aos senhores e às senhoras
que, principalmente para nossos irmãos Vereadores aqui do PT, que estão dizendo
que o Fogaça não tem feito nada. Só que já construiu 3.400 moradias, meus amigos;
nos 837 dias que o Governo Fogaça tem, dá em torno de quatro moradias por dia
que o Fogaça está construindo. Neste momento, hoje, ele faz mais quatro casas!
É a média de quatro casas por dia, Srs. Vereadores! Imaginem, esse é o Prefeito
que não está fazendo nada! Simplesmente ele faz quatro moradias por dia; em 837
dias, ele fez 3.400 moradias. Eu acho que está ...
(Aparte
anti-regimental do Ver. Guilherme Barbosa.)
O
SR. ALCEU BRASINHA: Não,
Vereador, o senhor está mal-informado, Vereador. O senhor olha e...
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Não são permitidos apartes, V. Exª está falando em
Comunicação de Líder.
O
SR. ALCEU BRASINHA:
Obrigada, Presidenta. Quero dizer, então, que esse é o nosso Prefeito;
não está fazendo nada e está com esse índice bom. Então, meus senhores e
senhoras, vamos também reconhecer o que o Prefeito tem feito pela Cidade. Ele
tem feito muito, tem trabalhado bastante, pegou o Município literalmente
quebrado, botou as finanças em dia e, hoje, está construindo quatro casas por
dia, Vereador! A principal coisa que a gente quer é ter uma casa, ter um teto
para morar. Eu sei, porque eu fui morador de rua, Vereador, eu morava na rua;
eu sabia da dificuldade, meu sonho era ter um teto para morar. Imagina essas
outras pessoas que hoje estão morando na Av. Princesa Isabel, que estão morando
na Vila dos Papeleiros.
(Aparte
anti-regimental.)
O
SR. ALCEU BRASINHA: É, o
Projeto do PT, mas quem construiu e quem vai pagar é o Governo Fogaça.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Nereu D’Avila.)
O
SR. ALCEU BRASINHA: Não
tem problema, Ver. Nereu. O senhor acha que eu vou estar chateado pelo meu
time? Não tem problema. Certamente nós vamos mudar esse parâmetro no futebol,
vamos mudar e vamos ser campeões gaúchos e vamos ser tri da Libertadores! Podem
vocês ter certeza absoluta!
(Aparte
anti-regimental.)
O
SR. ALCEU BRASINHA: Meu
amigo, isso que vocês dizem, sonhar, não; sempre eu estou sonhando e cada vez
mais títulos tenho, porque eu amo o Grêmio, faz parte da minha vida e quero
dizer que, realmente, eu fiquei chateado de o Grêmio perder lá por 3 a 0, mas,
certamente, aqui, nós vamos devolver, e vamos devolver com juros. Nós já
fizemos sete gols neles aqui, por que nós não vamos fazer quatro agora? Vamos
fazer quatro, sim senhor! É verdade.
Então,
estas seriam essas as minhas palavras. Quero dizer que são 106 dias da
Governadora, e eu estou esperando! Até quando será, Governadora Yeda? Eu fiz
campanha para a senhora, pedi voto para a senhora, pedi tudo, e, até agora, a
senhora não se movimentou em nada. Eu quero só saber: será que vai terminar
este ano? Faltam 259 dias; amanhã faltarão 258 dias. Nós que temos de pagar
funcionários, pagar aluguel, pagar água, luz, imposto, como será o nosso
próximo ano com a Av. Baltazar de Oliveira Garcia literalmente quebrada, já que
está aberta de ponta a ponta. Obrigado, senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria um
pouquinho de atenção do nosso Plenário, porque nós estamos na fase final das
intervenções de Liderança e eu queria falar, pela última vez, já que não vou
poder fazer encaminhamento, do Projeto de Lei que trata da questão dos
transportes em Porto Alegre.
Eu
queria relembrar que no Brasil, hoje, há um movimento capitaneado pelos
Prefeitos, através da Frente Nacional de Prefeitos, que procura tratar a
questão das isenções dos transportes públicos, que procura tratar da questão do
barateamento das passagens dos transportes coletivos no nosso País. O Prefeito
José Fogaça é um dos líderes dessa luta, já esteve em Brasília, procurando
resolver a questão das isenções, procurando resolver a questão da composição do
preço das passagens - todos nós, Vereadores desta Casa, sabemos que há um
aumento no valor das peças, dos produtos automotores neste País, acima da
inflação - e tem contado, inclusive, com o Ministro do Governo Federal, Márcio
Fortes, que tem trabalhado nessa direção, mas infelizmente o Governo Federal
ainda não se colocou com mais vigor na construção da solução desse problema.
Queria
dizer, também, que há uma Frente Parlamentar no Congresso brasileiro que trata
do mesmo tema.
Eu
acho que é importante que esta Casa se some, se aproxime mais da sociedade
brasileira, que procure, em Brasília, resolver esse problema, que atinge
fundamentalmente os subempregados, os desempregados, aqueles que mais precisam
neste País.
Eu
quero ainda, falando do nosso Município, dizer que um dos orgulhos da nossa
Administração é a sua generosa capacidade de diálogo, a sua capacidade de
negociar, de ouvir e construir coletivamente uma solução para os problemas das
mulheres e dos homens do nosso Município; essa é uma marca inquestionável do
Governo José Fogaça. Eu estou lembrando isso para realmente deixar muito claro
que a Prefeitura de Porto Alegre, o nosso Governo Municipal - nem pelo
Secretário Senna, que acompanha a nossa Sessão na tarde de hoje, nem pelo
Prefeito José Fogaça - nunca havia sido, anteriormente, buscada pela Brigada
Militar para tratar essa questão.
Considerando
que a Brigada trouxe para esta Casa, instigada pelo Projeto da Verª Maria
Celeste, essa temática, o Prefeito Fogaça, logo que tomou conhecimento desse
tema, orientou e solicitou ao Secretário que tivesse, imediatamente, uma busca
de ação com comportamento pró-ativo para fazer o diálogo com a Brigada, na
busca da construção de uma solução. Eu quero dizer - e as autoridades da
Brigada que aqui estão podem, seguramente, reafirmar isso - que a Brigada
Militar e a Prefeitura de Porto Alegre são parceiras em várias ações: nas
políticas ambientais; através das parcerias da Brigada com a Secretaria de
Direitos Humanos; através das ações da EPTC com a Brigada, que são feitas
conjuntamente. Em todas essas áreas e em muitas outras têm havido resultados
extremamente positivos que têm melhorado a vida das pessoas.
Mas,
considerando que a Prefeitura ainda não havia sido procurada para tratar desse
tema, e, no minuto em que o Prefeito José Fogaça tomou conhecimento que a
Brigada gostaria de tratar essa questão, já discutiu com o Secretário para que
ele procurasse todos os setores da sociedade porto-alegrense envolvidos nessa
questão. O Secretário, inclusive, está aqui presente para atender à
reivindicação de alguns Vereadores que procuram construir soluções para isso.
Eu
acredito que esse Projeto tem dificuldade de ser aprovado hoje, até porque
trabalha a responsabilidade das políticas de transporte público, já que, com
isenções ou não, essa é uma responsabilidade e uma atribuição do Poder
Executivo, não do Poder Legislativo. Nós sairemos daqui, hoje, com a certeza
dessa disponibilidade de diálogo, das ações que já estão sendo feitas para se
tratar aberta, tranqüila e eficazmente a questão, inclusive porque já está em
andamento toda uma discussão sobre a bilhetagem eletrônica no Município de
Porto Alegre, o que vai propiciar uma solução mais integrada, mas o que não
inviabiliza que outras atividades, que antecedam a esse momento da bilhetagem,
possam ser tomadas pela Prefeitura de Porto Alegre, pela Câmara Municipal de
Porto Alegre, por todas as Vereadoras e Vereadores, pelos usuários, pelos
empresários, por todos aqueles que têm a ver com o transporte coletivo de Porto
Alegre.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos
à
Em votação o Requerimento,
de autoria das Lideranças da Casa, para a apreciação das matérias constantes na
Ordem do Dia: em primeiro lugar, o PLL nº 079/05, com Emenda nº 01, 02 e 03 ao
Projeto e com Subemenda nº 01 à Emenda nº 01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Solicito
que a Verª Maristela Meneghetti assuma a presidência dos trabalhos.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1620/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/05, de autoria da
Ver.ª Maria Celeste, que acrescenta parágrafo único ao artigo 1º da Lei Nºº
5.397, de 10 de janeiro de 1984, alterada pela Lei nº 7.017, de 27 de março de
1992, que institui isenção do pagamento de tarifa nos transportes coletivos
(ônibus) para soldados e cabos da Brigada Militar em serviço. Com
Emendas nºs 01, 02 e 03 ao Projeto. Com Subemenda nº 01 à Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto, da Emenda nº 01 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela rejeição do Projeto, da Emenda nº 01
e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01
(empatado); Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela rejeição da Subemenda nº
01 à Emenda nº 01;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto, da Emenda nº 01 e da
Subemenda nº 01 à Emenda nº 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 01-11-06;
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA, nos termos do Parecer da CCJ, em 11-04-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o PLL nº 079/05. A Verª Maristela Maffei está
com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 079/05.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhores que estão aqui nos assistindo. Verª Maria Celeste, autora do Projeto
em discussão, em primeiro lugar, quero reiterar aqui a minha posição em relação
àquilo que é um direito de cada Vereador e de cada Vereadora, o de encaminhar
os seus Projetos. Como também é um direito de cada Vereador e de cada Vereadora
ter o seu posicionamento em relação a um determinado tema.
Quero lamentar por não poder estar aqui no momento
em que houve a primeira votação, e quero também lamentar o que, com certeza,
foi um grande contratempo e uma grande falta de entendimento, porque com
legitimidade aqui estava um segmento da sociedade para fazer a pressão, mas
quero lamentar pela corporação estar armada dentro desta Casa.
E é uma questão de tradição, sim, desta Casa, uma
questão de bom entendimento, porque esta Casa é uma instituição, e, como tal,
sempre deve ser respeitada. Mas não houve esse entendimento anterior. Portanto,
eu também tenho certeza de que não foi nenhuma vontade explícita de vir aqui e
fazer com que as pessoas se sentissem amedrontadas, porque, se fosse assim - e
eu quero dizer que vou votar este Projeto -, eu sairia daqui com medo por ter
uma filha pequena e por morar numa vila, na Lomba do Pinheiro. Porque o
argumento que é colocado aqui em relação a que o brigadiano ou a brigadiana,
vestidos com a sua farda, colocariam em perigo, dentro do ônibus, os outros
usuários, é falho. Onde moram mesmo os brigadianos e as brigadianas? Eu conheço
vários que moram na Vila Dique;
conheço vários que moram na Restinga Velha; vários que moram na Quinta do
Portal, vários que moram na Cruzeiro, e assim por diante. E lá moram, fardados
ou não. Os bandidos ou os cidadãos de bem sabem onde eles moram e, dessa forma,
onde estão, colocariam em perigo todos os cidadãos ali residentes. Ou alguém
aqui tem outra proposta. O DEMHAB tem uma proposta para colocar em alguma
gaiola de ouro, ou que tenha um espelho, um vidro, como os carros, para que
ninguém seja atingido? Eu tenho certeza
de que não é isso, Ver. João Antonio Dib! Tenho certeza absoluta. O problema
não está aqui: o problema é resgatar a dignidade de uma categoria. E aí eu
quero convocar os coronéis que aqui estiveram para serem os primeiros, para
fazerem enfrentamento nas suas instituições, para lutar por um salário digno.
Eu
ouvi no dia da reunião da CECE, em minha Região, quando um soldado da Brigada
Militar dizia: “Vereadora, este coturno que estou calçando é um coturno que eu
gastei do meu salário. E eu quero também falar das mortes, da fome, de quando o
meu filho quer comer e não pode, porque eu tenho um salário indigno”. Eu quero
falar da reunião do Fórum de Segurança da Lomba do Pinheiro, quando os
brigadianos que lá estiveram disseram que o maior problema não era se era
contra este Projeto ou a favor deste Projeto, mas que eles tivessem
vale-transporte sem estar fardado, poder entrar e sair, como qualquer outro
trabalhador.
(Manifestação
nas galerias.)
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: (Dirigindo-se
às galerias.) Não faça isso, senhor. Eu respeito a sua posição e entendo os
seus argumentos. E eu gostaria que este plenário estivesse cheio, gostaria
mesmo! Porque, no final da minha fala, se não concordassem... A vaia faz parte
da democracia, isso tem de ser aprendido nesta Casa.
Como
não é em algumas instituições, que alguém diz assim e deu, diz amém! Serei a
primeira a estar com os senhores, serei a primeira a estar na primeira fila e
cobrar agora do Governo. E aqui está o Secretário Senna. Tem que sair daqui uma
Comissão para elaborarmos um projeto e encaminharmos para o Executivo Estadual,
através do nosso Legislativo Estadual. Que saia um projeto em que o Estado se
responsabilize a tratar com dignidade o seu soldado e não responsabilizem a
Verª Maristela Maffei, ou outro Vereador, se morrer alguém, e dizer que nós
somos os culpados. Ou as ameaças que ouvi aqui: que vão colocar no outdoor
a foto de todos nós. Isso não constrói a democracia.
A
Depª Manuela fará um projeto, o Deputado Beto Albuquerque fará projeto - e
estamos procurando o Vieira da Cunha - para que os Correios também tenham;
assim como aqui, no Município, os nossos Guardas Municipais têm que ter,
também, a sua ficha para entrar e sair sem precisar usar uniforme, porque a
isenção também produz o aumento da passagem, é que exclui. E os nossos pais, que
poderiam estar levando os seus filhos de seis anos para o colégio com o projeto
Vou à Escola, não precisariam deixar os seus filhos andarem sozinhos, sem
segurança.
Então,
senhoras e senhores, não há o bem ou o mal nesta Casa. Voto com a consciência
tranqüila e me coloco à disposição da Brigada Militar para qualquer luta que
possa fazer para trazer dignidade. Estarei junto com os senhores e com as
senhoras! Agora, não transfiram responsabilidade, Verª Sofia Cavedon, quando V.
Exª diz que se fosse merendeira teria que usar uniforme. Se houver
vale-transporte, Vereadora, vai ter a mesma dignidade que essa categoria pela
qual V. Exª luta; agora, não transfira, (expressão retirada) em cima de um
Projeto tão sério! Eu não vou aceitar isso, porque sempre estive à frente das
lutas com Vossa Excelência. Isso que V. Exª - que é uma educadora - disse não é
bom, Verª Sofia Cavedon, me desculpe.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Por favor, Vereadora, conclua.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI:
Eu estou me posicionado contrariamente, mas não é justo com ninguém, e eu quero
sair na rua, cumprimentando meus companheiros da Brigada Militar, os
brigadianos e as brigadianas, com justiça, Ver. Comassetto, que fez populismo o
tempo todo! Obrigada.
(Revisado
pela oradora.)
A
SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento):
Eu solicito que a companheira e colega de trabalho, Verª Maristela Maffei,
retire o termo “populista”, porque o usa injustamente; tenho acordo que os
brigadianos deveriam receber vale-transporte, mas a situação hoje não é essa, é
exigir que eles usem uniforme; isso pode tranqüilamente ser comparado a exigir
que eu use uniforme de merendeira ou de enfermeira. Isto não é fazer populismo,
é usar uma correlação, usar uma imagem.
O
SR. NEREU D'AVILA (Questão de Ordem):
Perdoe-me a Verª Sofia, nem vou entrar no mérito da questão, pois não cabe
entrar no mérito, são Vereadoras eleitas e têm dignidade e procedência nas suas
opiniões. Só que é inédito querer corrigir o discurso. Uma coisa é ofensa
moral, ofensa à honra; outra coisa é o discurso assegurado pela Lei, inclusive
pela intangibilidade do mandato. Eu acho que “populista”... Vereadora, se V.
Exª quer corrigir o discurso, aí já é censor, já quer corrigir o discurso, eu
acho que extrapola toda uma situação.
Sempre fui favorável a que
termos ofensivos à dignidade... Aliás, os tribunais, mesmo com a Constituição
de 1988 trazendo a novidade de que os Vereadores são invioláveis nas palavras e
nos votos, mesmo assim, os tribunais têm julgado que, quando se trata de ofensa
à honra, os tribunais ficam com a honra.
Agora,
para encerrar, querer corrigir o discurso de um outro Vereador por um termo
que, absolutamente, não é ofensivo à honra nenhuma, aí já extrapolamos as
questões constitucionais.
Srª Presidenta, muito
obrigado pela sua tolerância.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada pela intervenção, Ver. Nereu.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Apenas não entendo por que o Ver. Nereu
vem responder a uma questão não dirigida a ele. Não é uma correção de discurso,
mas uma solicitação à Verª Maristela Maffei, a quem respeito muito.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta, quero retirar a palavra
“populismo”, foi no calor da discussão. Sempre tivemos boas relações. Mantenho
o mérito, mas retiro a palavra em respeito à Bancada do Partido dos
Trabalhadores.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Muito obrigada. Resolvido, então.
O Ver. Sebastião Melo está
com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 079/05.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, quero saudar, aqui, o meu amigo Leonel Lucas, Presidente da
Associação dos Cabos e Soldados, figura pela qual tenho uma admiração muito
grande, pelo seu trabalho frente à entidade.
Quero saudar o Secretário Senna e a sua equipe, e dizer que a nossa Bancada vai votar não a este Projeto. E quero, aqui, neste espaço pequeno de tempo, Srª Presidenta, dizer que, primeiro, concordo com a Verª Maristela, no sentido de que os Vereadores têm legitimidade para fazer as suas proposições. Agora, há um velho ditado, Ver. Dib, que diz que “a correia sai do couro”.
Se
hoje temos a R$ 2,00 a passagem de ônibus em Porto Alegre, ela poderia estar a
R$ 1,50, se todos pagassem a passagem - ou a R$ 1,45.
Se,
no final de cada ano, esta Casa votasse a Peça Orçamentária dizendo: olha,
estou isentando 30% da passagem; mas o Poder Público está colocando esses 30%
de recurso, e, portanto, a passagem não vai subir. Quero dizer que não teria
problema nenhum. Mas essa não é a realidade. A realidade é que cada vez que eu
faço uma isenção, Verª Maristela, eu estou transferindo para quem? Para quem
menos pode pagar a passagem. Porque o cidadão que está isento... Se a passagem
custa R$ 2,00, custa R$ 3,00, custa R$ 4,00, custa R$ 5,00, bom, eu estou
isento do pagamento; aquele que tem a fichinha, que tem um emprego formal, que
tem a carteira assinada, ele recebe o seu salário no final do mês, e mais um
saquinho de fichas. Então, na verdade, quem é que paga, diariamente? É o
desempregado, é a empregada doméstica, é o trabalhador informal, é o camelô.
Então,
eu acho que essa discussão, Leonel... Eu quero dizer que esta Casa tem um
respeito tão grande pela Brigada, e acho que talvez... Eu sei que não manchou,
porque eu acho que nós todos temos grandeza, mas eu acho que na votação passada
houve um processo que não foi bom, pelo respeito que todos os gaúchos e gaúchas
têm por essa Instituição.
E
acho que há como construir isso; nós temos a bilhetagem eletrônica que vai vir
logo ali na frente, e eu acho, Secretário Senna, que nós temos que construir
uma alternativa, porque aí nós vamos ter controle. Eu não vou tratar da
justeza, porque justo, seria, em primeiro lugar, o brigadiano ganhar três,
quatro vezes o que ganha, mas não ganha; justo seria que nós pudéssemos ter
mais dez mil brigadianos neste Estado, para poderem cuidar da segurança da
população; justo seria que o brigadiano pudesse ter uma casa e não morar lá na
vila, onde ele tem que sair de manhã, deixando a sua família, com medo de ser
assaltado. Então, toda essa questão é tão debatida, não só nesta Casa. Agora, o
que eu não posso é transformar todas essas mazelas que recaem sobre a Brigada,
e dizer: “Bom, vocês que não querem dar o vale para os que não estão fardados é
que são os responsáveis por todas essas mazelas”. Não é verdade! Essas mazelas
dizem respeito a questões maiores, e não dizem respeito a só um Governo, só ao
Governo que aí está ou só o Governo que passou, do meu amigo Rigotto, ou do
Governo do Olívio Dutra. Acho que todos que lá estiveram quiseram fazer o
melhor, mas tem uma máquina engessada, um Poder Público que está carcomido.
Então,
eu quero aqui dizer o seguinte, minha Presidenta: primeiro, quero encaminhar,
sugerindo que nós possamos construir um grupo de trabalho, com toda a Câmara,
junto com a ATP, junto com os brigadianos, e possamos encontrar uma solução
coletiva para esse processo; segundo, eu acho que esta Casa poderá fazer, aqui,
também, Presidenta, um grande trabalho para se somar à Marcha dos Prefeitos do
Brasil inteiro, para tirar o IPI, para tirar todos os impostos - dos pneus, do
chassi, da carroceria, dos insumos - que dizem respeito ao transporte coletivo,
porque essa eu acho que é uma grande luta, pois com isso nós vamos baratear a
passagem, pois quem anda de ônibus são as pessoas pobres, que precisam pagar
menos.
Agora,
eu acho, sinceramente, que esta Casa, democraticamente, vai deliberar; a nossa
Bancada tem uma posição sobre isso, mas eu quero aqui gizar o respeito, o
carinho, e acho que nós podemos encontrar uma solução na bilhetagem eletrônica
para essa causa justíssima. Até por que os fardados já estão isentos, é uma
questão de organização, e acho que - e eu disse aqui, ao final do meu discurso,
encaminhando, na Sessão passada - “não podemos jogar a criança fora com a
bacia”. Ou seja, acho que ficou um saldo positivo, e desse saldo positivo nós
temos de ter a grandeza de construir uma causa boa que não pertence a um
Partido, a um Vereador, mas que pertence à sociedade como um todo, e o respeito
que todos nós temos pela Brigada Militar. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação nominal, solicitada por esta presidência, o PLL
nº 079/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 12 votos SIM;
17 votos NÃO; 02 ABSTENÇÕES.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Eu
gostaria de fazer uma declaração de voto, se fosse possível.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Pois não.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Posso fazer da
minha bancada? (Aquiescência da presidência) (Lê.): “A palavra-chave da
discussão é controle. É controle do uso do Transporte Coletivo de Porto Alegre
pelos praças da Brigada, como já é sabido. O Projeto em votação não está
discutindo a isenção para a Brigada; ela foi concedida em 1984. Hoje, em abril
de 2007, estamos discutindo é a necessidade de um novo sistema de controle.
Atualmente a farda é o passe-livre. Como o brigadiano não passa pela roleta,
não se tem como precisar o número de brigadianos que usufruem desse benefício
na cidade de Porto Alegre. A única certeza é que esse custo já está embutido no
preço da tarifa. Conforme já dito, a bilhetagem eletrônica vai resolver esse
problema, tem data marcada para ser implantada: começa em julho de 2007 e
estará totalmente concluída em abril de 2008. O brigadiano vai receber, no seu
quartel, um cartão eletrônico com créditos exatos somente para o trajeto
quartel/residência e, ainda, em horários e faixa pré-determinados. A Secretaria
de Mobilização, através da EPTC, tem condições, sim, de implantar uma solução
temporária, um sistema de controle simples e que já tem precedente. Estou
lembrando do Projeto Vou à Escola, para carentes. A SMED faz um cadastro de
estudantes, a Secretaria faz a carteira com a foto e libera de 50 a 75 fichas
diferenciadas. Os brigadianos não precisam fazer cadastramento, nem carteira
funcional. Elas já existem. O que falta, e
aí vem a nossa proposta, é a EPTC criar, transitoriamente, o
tíquete-Brigada. Assim como o quartel já tem um controle minucioso de armas e
também da munição, tenho certeza de que seria possível controlar a entrega em
quantidades certas dos tíquetes aos seus praças. Assim saberemos, precisamente,
quanto custa essa isenção para o Município de Porto Alegre. Este controle vai
permitir o uso mais racional. A palavra-chave da discussão não é a gratuidade e sim um sistema mais efetivo de controle.
Muito obrigado”.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Ouço o Ver.
Elói Guimarães.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES (Questão de Ordem): Presidenta, em Questão de Ordem, a Declaração de
Voto tem que ser por escrito.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Sim. O
Vereador a fez do seu laptop... Eu sei Vereador, mas ele fez do seu laptop.
Era só o tempo de imprimir.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Leva lá. Tem
que ser por escrito.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Está aqui,
Ver. Elói. (Mostra o documento.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª
Presidenta, eu gostaria de declarar voto, que entregarei por escrito. Voto a
favor do Projeto, porque entendo que a vida dos brigadianos está correndo
riscos e esse direito do transporte já está garantido, mas não garante a sua
segurança. Também ressaltando que é responsabilidade do Governo do Estado
fornecer seus vales-transporte aos seus funcionários. Enquanto isso não se
realizar a sociedade deve resolver o problema.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª
Sofia.
(A Verª Maria Celeste reassume a presidência dos
trabalhos.)
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 038/07 – (Proc. Nº
1795/07 – Ver. Mario Fraga) – requer que o período de Comunicações, no dia 04 de junho de 2007,
seja destinado a assinalar o transcurso do 80º aniversário da Sociedade
Ginástica Navegantes São João. (incluído em 12-04-07)
REQ. Nº 040/07 – (Proc. Nº
1824/07 – Ver. Ervino Besson) – requer que o período de Comunicações, no
dia 03 de maio de 2007, seja destinado a assinalar o transcurso do 50º
aniversário do Colégio Santa Dorotéia. (incluído em 12-04-07)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o bloco composto pelos
Requerimentos nºs 038/07 e 040/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4884/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 234/05, de autoria do
Ver. Adeli
Sell, que estabelece a obrigatoriedade de publicidade dos atos administrativos
de pessoal próprio da administração indireta do Município, mediante publicação
no DOPA, com periodicidade não superior a trinta dias. Com Emendas nºs 01 e
02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01 ao Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01 ao Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01 ao
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 16-11-06.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 234/05. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a
palavra para discutir o PLL nº 234/05.
O SR. ADELI SELL: Srª Presidenta, colegas Vereadores e Vereadoras,
cidadãos e cidadãs, o nosso Projeto tem como pressuposto o princípio da
publicidade, colocado na nossa Constituição Federal. O nosso Projeto quer
estabelecer a obrigatoriedade de publicidade dos atos administrativos de
pessoal próprio da administração indireta do Município, mediante publicação no
DOPA, com periodicidade não superior a trinta dias.
O que nós estamos solicitando é que se dê
publicidade para (Lê.): “as contratações e demissões sem justa causa ou com
justa causa; as nomeações e exonerações de funções gratificadas e de cargos em
comissão; as concessões, suspensões e extinção de gratificações especiais,
licenças remuneradas ou não, ou qualquer outro benefício que propicie ganhos
pecuniários ou de outra espécie; as promoções e ascensões funcionais; os planos
de carreira, planos de cargos e salários e suas alterações; os acordos
coletivos e decisões judiciais referentes a dissídios coletivos ou individuais
e demais ações trabalhistas; as portarias e demais atos de nomeação de
comissões de trabalho; as portarias, ordens de serviço e outros atos referentes
a pessoal e seus dirigentes”.
Eu creio que está muito claro para a maioria das
senhoras e senhores Vereadores. Tanto é que nós obtivemos a aprovação tanto na
Comissão de Constituição e Justiça, com o Parecer do Ver. Márcio Bins Ely, pela
inexistência de óbice. Portanto, o nosso Projeto é legal e constitucional. Nós
temos também a posição da CEFOR, com o Parecer do Ver. João Antonio Dib - que,
por sinal, já foi Prefeito e sabe da importância da publicidade do que se faz -
pela aprovação do Projeto. Temos, também, a posição pela aprovação do Projeto, através
da lavra do Ver. Alceu Brasinha, da Comissão de Urbanismo e Transporte. Ou
seja, nós temos, aqui, a Emenda nº 02, por exemplo, que é da lavra da Verª
Clênia, que diz que são atos administrativos obrigatórios para publicidade
oficial. Parece-me claro,
sem maiores problemas. Eu acho que, para o bem da coisa pública, é uma coisa
tão simples; é importante que nós Vereadores possamos acompanhar o que se passa
na Administração indireta, para que possamos ver, que possamos questionar, para
que possamos intervir.
Eu
creio que tivemos um grande avanço com a Constituição de 88, que define que os
atos de publicidade devem ser claros, transparentes, de forma que representem a
instituição e não o indivíduo ou os indivíduos. Eu creio que estou dando uma
pequena contribuição. É um modesto Projeto, mas que tem a preocupação de cuidar
da coisa pública, e, como fiscais da coisa pública, espero ter o apoio das
Senhoras e dos Senhores. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 234/05.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Vereadores e Vereadoras, público presente,
eu acho que é um Projeto singelo, porém não menos importante e não pouco
importante, também. Ter a publicidade no Diário Oficial dos atos da
Administração indireta, para além do direito, para além do princípio público da
transparência, para além dos atos públicos, para além do princípio público da
ampla publicidade, em Porto Alegre, principalmente, hoje se impõe como uma
necessidade. Eu quero falar isso, Ver. Adeli, porque é altamente meritório este
Projeto.
Eu
quero citar aqui só um caso, só um exemplo: no ano passado, nós tivemos um
Diretor que diz que se demitiu, mas, na verdade, ele foi demitido de uma
autarquia, porque estava montando um projeto que - suspeita-se - seria uma
grande fraude; se tivesse sucesso. E, depois, para pagar a conta dos
envolvimentos dele no Governo, este Governo o nomeou numa empresa do Município.
E eu busquei as informações acerca da nomeação desse ex-Diretor do DMLU,
durante seis meses, e não encontrava em lugar nenhum. Só na sexta-feira eu
consegui chegar aos dados da informação da nomeação dele na Procempa como
Assessor de Projetos, Ver. Guilherme Barbosa. Só na sexta-feira, depois de
muito pesquisar. Este é um pequeno exemplo de como as coisas andam e de como a
falta de transparência é uma característica deste Governo.
E
este Projeto do Ver. Adeli Sell vem garantir a transparência, a publicidade dos
atos e a possibilidade do controle público. Isso se impõe como uma necessidade,
porque é um princípio dos mais modernos e avançados da Administração pública.
O
Sr. Guilherme Barbosa: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Carlos Todeschini.
Essa questão do Sr. Garipô Selistre é simbólica. Eu ainda não entendi bem. Ele
saiu do DMLU e deu entrevista dizendo que tinha sido derrubado por uma “máfia
do lixo”. Portanto, é uma acusação que fazia ao Prefeito, que o retirou do
DMLU. Passa o tempo e o Sr. Garipô Selistre ganha um belo CC na Procempa.
Então, o que ele disse não é verdade, aparentemente, já que foi readmitido no
Governo. Se não é verdade, como é que ele saiu acusando o Prefeito? Eu não
estou entendendo. Se ele fala a verdade, ganhou um CC para ficar calado? Não dá
para entender isso aí. Não estou entendendo bem: ele acusa o Prefeito, é
retirado, e, depois, ganha um CC? Acho que tem que explicar bem, apesar de a
Líder do Governo estar muito nervosa sempre.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Pois
é, a base do Governo inclusive não devia temer ser investigada numa CPI, porque
esse caso é muito grave. Mas, agora, o elemento que me faltava, chegou; porque
eu consegui o ato de nomeação, depois de seis meses de busca. Se tivesse Diário
Oficial, Verª Neuza Canabarro, o ato de nomeação tinha que ser público e não às
escondidas como está. Mas, eu consegui e estou remontando o dossiê. Porque tudo
o que foi dito, Ver. Guilherme Barbosa, pelo ex-diretor do DMLU, de que havia
máfia, de que havia corrupção, de que havia propina, de que havia mordida, que
tinha que existir um ou dois contratos, porque muitas empresas davam muita
despesa, isso tudo caiu por terra! Aliás, essa licitação foi anulada pela
Justiça. Foi anulada em Liminar e no mérito. Portanto, se alguém quiser
responder, aqui, que responda: por que é que estão fugindo de uma CPI? Por que
a base do Governo foge da CPI como o diabo foge da cruz? Aliás, é bom que se
saiba também que essa pessoa tem passado aqui nesta Casa, tem tentáculos fortes
aqui nesta Casa, e tem interesses. Se tivéssemos um elemento que garantisse a
publicidade, como esse projeto do Ver. Adeli vem garantir, nós teríamos a
possibilidade de exercer melhor o papel de controladores do interesse público,
de controladores dos atos do Poder Executivo. Infelizmente, como esse ato em
relação a essa pessoa, há inúmeros outros atos que não têm transparência, por
onde o dinheiro público talvez esteja se esvaindo. A Cidade toda está pagando
esta conta, quando apenas alguns interesses particulares estão sendo atendidos.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(Manifestações da Verª Clênia Maranhão.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Por gentileza,
senhoras e senhores, vamos manter a calma no plenário para mantermos a
discussão.
O Ver. João Dib está com a palavra para discutir o
PLL nº 234/05.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, nobre Vereadora Maria Celeste; vou pedir uma Comissão Parlamentar
de Inquérito contra todos aqueles Vereadores que não lêem o Diário Oficial. No
Diário Oficial de hoje há os atos do Prefeito, que faz cessar vantagens,
exonera funcionários, modifica vantagens, nomeia servidores. São seis páginas,
todos os dias, e inclusive no dia 15 de março a Prefeitura colocou no Diário
Oficial a relação de todos os seus servidores, e como foi mal impressa uma
parte dela, no dia seguinte repetiu. O que estamos fazendo aqui é lei como
histórias em quadrinhos: feitas em quantidade para agradar. Não estão somente
os atos do Prefeito; estão os atos dos Secretários também; estão os atos da
Presidenta da Câmara e do Legislativo, porque só depois de colocar no Diário
Oficial as coisas se tornam realidade.
Acho que não precisamos fazer mais leis, precisamos
fiscalizar o cumprimento delas. Aliás, li esses dias que depois da Constituição
fizeram muito mais de um milhão de leis neste País, mas que se somássemos todas
essas leis, dava menos que os Dez Mandamentos da Lei de Deus; era só observar
os Dez Mandamentos da Lei de Deus que nós não precisaríamos mais fazer leis.
O Ver. Adeli Sell pede para que seja colocado aqui
aquilo que é colocado. Inclusive os estagiários que entram, os estagiários que
saem, as contratações de concursados. Está tudo aqui, só que tem que ler.
Agora, se não ler, fica fazendo discurso a tarde inteira para procrastinar -
este é o verbo. Vão todos falar, dizendo que precisa fazer o Diário Oficial,
que foi feito na Administração do Partido dos Trabalhadores, num dia 15 de
março, se não me engano, há onze ou doze anos.
Eu acho que o Projeto do Ver. Adeli Sell, que foi diminuindo
aos poucos, pode ser aprovado porque não vai atrapalhar a vida de ninguém. Mas
se nós ficarmos discutindo o tempo todo este Projeto, vai atrapalhar o trabalho
da Câmara, porque nós não queremos ler o Diário Oficial. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PLL nº 234/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
quero elogiar o Ver. Adeli Sell pelo seu Projeto. Não tenho dúvidas de que este
Plenário deve aprovar este Projeto, porque todo o ato de recurso público, de
gestor público tem que ser transparente, tem que ser comunicável a toda a
sociedade. Eu fui surpreendida no ano passado com a informação de que havia
aumentado “x” CCs na EPTC. Hora, empresas públicas não têm a mesma obrigação
que a Centralizada. O tratamento que é dado para nós, funcionários da
Centralizada, funcionários concursados, é o mesmo tratamento que tem que ser
dado para qualquer contratação, exoneração, nomeação de funcionários da
Prefeitura. Eu não posso entender que haja problema, Ver. Nereu, de comunicar
os atos do Executivo. Não dá para fazer aqui na Casa um discurso, um discurso
da transparência, dos diálogos com a Cidade, a propaganda na TV, do diálogo, da
participação, da democratização, do respeito à Cidade, e achar que não dá para
comunicar, informar sobre os atos do Executivo.
Nós estamos fazendo consultas, Pedidos de
Informações que são necessários para o papel que o Parlamento tem que exercer.
Na questão das promoções, que hoje estão no Diário Oficial da Prefeitura, eu
fiz um Pedido de Informações em fevereiro, porque a Prefeitura mudou, Ver.
Todeschini, o percentual de funcionários que concorrem à mudança de letra, e diminuiu
o percentual. Arbitrariamente, no meio do processo, mudou, através de Decreto,
fazendo o Decreto valer para trás, depois dos dois anos transcorridos que valem
para essa promoção. Legislou para trás irregularmente, na minha avaliação. Nós
estamos construindo uma peça para discutir isso. E mais, reduziu de 50% para
30%, 20% e 10%. Ora, para o Legislativo avaliar se está correto ou não, se a
lei foi aplicada, se há limites, fizemos uma solicitação: quantos cargos na
área do Magistério, por exemplo, estão na letra “a”, na letra “b”, na letra “c”
e na “d”; estamos há três meses esperando, aguardando essa informação. E aqui o
Ver. Todeschini me relatava que pediu informação, sim. É ou não é de interesse
público saber se funcionários que foram envolvidos em algumas denúncias sérias,
como os que saíram do DMLU, estão ou não na Prefeitura, continuam ou não
ganhando recursos públicos, recebendo salário por recursos públicos? Interessa
ou não interessa à cidadania de Porto Alegre? Nós queremos saber quem é e quais
são os professores, em que cargos estão para poder verificar se não foi
arbitrariamente retirado um direito dos funcionários. Eu não entendo que esta
Casa não vote, Ver. João Dib - Vereador sempre muito zeloso, dezesseis anos
fiscalizando, cobrando com muito rigor os atos das Administrações Populares,
acompanhando -, certamente não conseguirá avaliar o que acontece nas empresas
se nós não tivermos uma medida como essa. Então, eu acho que a Prefeitura de
Porto Alegre, a gestão Fogaça - eu já tenho uma avaliação, eu já tenho uma
marca de gestão - tem a marca de gestão de, sim, reduzir direitos e é, sim, de
privilegiar uma pequena elite, Ver. Dib. Escandaloso foi o prêmio que ganhou
toda a Fazenda, funcionários compraram carro novo com o prêmio que receberam retroativamente
numa Cidade com déficit Orçamentário, que teve que reduzir investimentos, que
reduziu horas extras - os funcionários estão todos revoltados -, que está
atrasando promoções, que está reduzindo o número de funcionários sendo
promovidos, que está, portanto, prejudicando os mais baixos salários, os mais
simples funcionários. Esta Prefeitura premiou a elite do funcionalismo, o
salário do funcionalismo, com um prêmio descarado, que eu estive agora na
assembléia da Atempa e vai ter a assembléia do Simpa esta semana, pois os professores estão
revoltados com isso! Agora, aonde essa gestão quer chegar, eu não sei! Pelo
menos, que ela seja transparente, que o seu discurso corresponda à sua prática,
porque fazer discurso de transparência, fazer discurso de diálogo, e esconder
os seus atos, não combina, e nós vamos denunciar.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLL nº 234/05.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, eu
quero dizer ao Ver. Adeli Sell que vou votar favorável à Lei. Verª Clênia, a
Administração Pública tem vários princípios, mas um dos seus princípios é a
publicidade. Aquilo que não é público não faz parte da Administração Pública.
Isso está na Constituição! Isso está nas leis infraconstitucionais! Isso está
na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre! Então, eu acho que o Ver. Adeli
Sell deveria pensar em fazer o seguinte: “Vou ratificar o que dizem as leis”.
Na verdade, isso é princípio, Ver. Adeli! Eu vou votar favorável, sim, mas isso
é uma questão que nós conquistamos ao longo do tempo, especialmente na
Constituição de 1988.
O
Sr. Adeli Sell: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, é que não está
terminativo para as nossas instituições indiretas. Então, se o gestor quiser,
ele publica, se ele não quiser, ele não publica. E nós achamos que é
obrigatório, porque, na Administração Direta, é obrigatório publicar. Então, é
a mesma instituição, em última instância.
Eu
me baseei, inclusive, na Constituição - estava explicando para o Ver. Luiz
Braz, agora -, para que seja efetivamente publicado. Não é que nunca se
publique; às vezes há publicações, às vezes, não há. Então, para que não pairem
dúvidas, que seja instalada a obrigatoriedade.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Veja
o seguinte, Ver. Adeli Sell, eu quero dizer que vou votar favorável, porque
acho que qualquer Governo - não é só este -, todos os Governos têm de dar
transparência aos seus atos. E acho, Ver. Carlos Todeschini, que V. Exª, às
vezes, vai com o pé fundo demais no acelerador. V. Exª sabe que, com relação à
matéria do lixo, o seu Partido é muito complicado, tanto no Brasil afora, como
aqui em Porto Alegre. E V. Exª sabe que eu aprofundei por demais a análise das
gestões contratuais do DMLU, do ponto de vista do recolhimento do destino final
da capina, bem como V. Exª sabe que aquilo ali foi um emaranhado ao longo de 16
anos. Mas eu sei que a maioria do PT não concordava com aquilo, porque vários
petistas diziam: “Olha, Ver. Melo, talvez o senhor esteja fazendo aqui uma
coisa que nós gostaríamos de fazer, porque nós temos as nossas correntes”.
Então, eu acho que esse debate tem que ser um pouco mais “pé no chão”. Eu acho
que V. Exª coloca, parece, uma certa nebulosidade; parece que V. Exª nunca
administrou esta Cidade, parece que V. Exª não teve problemas. Não, não. De
minha parte, eu já disse, afirmei e reafirmei: se V. Exª quiser fazer uma CPI
nesta Casa, com profundidade, nós temos que assinar uma CPI dos dois anos e
pouco do Governo Fogaça, mas também assinar uma CPI para analisarmos tudo isso,
e até para saber o seguinte: Será que o Tribunal de Contas errou ao condenar o
Diretor Campani a devolver um milhão e trezentos mil reais, Ver. Brasinha? E
também, agora, ao condená-lo a devolver mais 300 mil reais? Isso está no site
do Tribunal de Contas. Ele foi condenado a devolver mais 300 mil reais. Ele é
devedor, hoje, de um milhão e seiscentos mil reais para os cofres municipais,
fruto da má gestão, da má administração! Então, eu quero ouvir, eu quero ver
isso tudo numa CPI. Eu tenho todos os documentos arquivados aqui na minha sala.
Por que houve tantos contratos emergenciais na Administração passada? Era
necessário, ou isso era levado de roldão para que isso acontecesse? Por que se
pagava 32 reais pela tonelada, depois passou a se pagar 39 reais pela tonelada,
num “canetaço”, de uma hora para outra, para recolher a tonelada do lixo?
Então, está bem, V. Exª quer fazer uma CPI? Conte comigo totalmente! Mas
façamos o seguinte: quero averiguar desde a gestão do Olívio Dutra até a gestão
do João Verle, bem como a gestão do Prefeito Fogaça. Até me coloco à disposição
de V. Exª para ser Relator, para ser qualquer coisa da CPI. Agora, que não
fique V. Exª fazendo esse discurso vazio. E, aí, nós poderíamos fazer mais:
vamos incluir nessa CPI o uso do asfalto na Administração passada, lá no DMAE.
Criaríamos uma subcomissão para analisar isso, porque, aí, nós também
saberíamos por que se gastou tanto asfalto no DMAE, se o DMAE cuida de água! E
aí, evidentemente, vai haver um debate extraordinário nesta Casa, com a qual
vai ganhar a cidadania!
Quero
agradecer, dizer que voto favoravelmente, Adeli. Existe problema no Governo
Fogaça? Sim. Mas esse é um Governo transparente, de dialogo, de boa paz, que
não gosta de briga. Então, eu acho que não dá para caminhar nessa direção.
Agora, se V. Exª quiser, faça o Requerimento, Ver. Todeschini. Eu quero
assiná-lo, de preferência, hoje à tarde.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Carlos Todeschini.)
O
SR. SEBASTIÃO MELLO: Mas
coloca os 16 anos! Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL n° 234/05, por
cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, há dias que eu tenho
que vir aqui dar as respostas que o Ver. Sebastião Melo precisa e merece.
Aliás, ele que vem de Goiás, acho que está acostumado com o método goiano de
fazer política, a do Roriz, dessa gente, e não entende que aqui no Rio Grande
do Sul, as coisas são diferentes. Ele tem, em primeiro lugar, que fazer um
discurso e uma sustentação das coisas sem leviandade. Por exemplo, quando eu
estava no DMAE, ele ingressou com 19 ações judiciais para cassar os atos da
Direção e foi derrotado em todas, perdeu todas na Justiça. Talvez, ele
estivesse mal assessorado, mas ele perdeu as 19, porque utilizava isso para
fazer política permanentemente. Ver. Sebastião Melo, eu tenho o Requerimento
pronto para o senhor assinar. A CPI tem que ocorrer sobre fato determinado, e o
fato determinado é a anulação, na Justiça, da CPI nº 01/2006, em que a
possibilidade, a perspectiva de superfaturamento dos serviços de lixo de Porto
Alegre era da ordem de 240 milhões de reais! Foi por isso que a Justiça anulou,
porque apenas uma empresa, que foi financiadora do Prefeito Fogaça, estava
sendo beneficiada. Evidente que o senhor faz uma tergiversação para esconder os
fatos reais, até porque a principal pessoa implicada no ato foi o seu Chefe de
Gabinete. Então, o senhor foge, “como o diabo da cruz”, de assinar, porque não
cabe investigar os 16 anos. Quer investigar os 16 anos? A nossa Bancada assina,
nós não temos nada a esconder, mas, aí, é outra CPI. Agora, eu quero é que se
investigue o fato determinado da corrupção ou das intenções envolvendo o fato
da Licitação nº 01/2006! Esse é o problema! E quanto à questão do asfalto, que
o senhor, sistematicamente, vem aqui provocar, de quando fui Diretor do DMAE,
em primeiro lugar quero-lhe dizer o seguinte, para a sua insatisfação e para o
seu desgosto: minhas contas estão todas aprovadas no Tribunal de Contas! Os
quatro anos! Absolutamente todas aprovadas, sem reparo. Em segundo lugar, a
Prefeitura tinha transversalidade: o DEP, a SMOV, o DMAE trabalhavam de forma
unificada e atendiam aos problemas da Cidade. Então, os asfaltos, as medidas
que nós tomamos, as ações que nós fizemos, foram ações de Prefeitura, onde eu,
como Diretor do DMAE e me subordinando às decisões do Orçamento Participativo,
fiz várias ações integradas, e onde a compra do material para o asfalto saía
pela rubrica do DMAE. Então, não tenho problema, não tenho nada a esconder, o
senhor vá lá à Vila Farrapos e veja, há 22 ruas asfaltadas com recursos do DMAE
e outras atividades que foram feitas de maneira conjunta. Eu vejo como
problema, por exemplo, um ex-Ministro do seu Partido que conseguiu transformar
30 mil quilômetros de asfalto em ar, evaporou! Destruiu todas as estradas
federais do Brasil. Isso, sim, que é problema do seu Partido! Isso, sim, é
prática que não é nossa, porque o asfalto, se o senhor quiser criticar,
critique; mas ele está lá na Cidade, é palpável, pode ser medido, pode ser pisado.
Agora, infelizmente, o que o seu Ministro - aliás, o senhor tinha uma
dobradinha muito forte com ele, o ex-Ministro, Deputado Federal hoje -, fez foi
deixar as estradas do Brasil completamente destruídas e depois ele montou as
praças de pedágio. E nós pagamos pedágio, Brasinha, para ir à praia, voltar da
praia, pagamos pedágio para andar nas estradas do Rio Grande. No entanto, o
Ministro está muito bem, Ver. Nilo, está, talvez, com as burras bem cheias, não
é?
Então,
Melo, é sobre isso que nós precisamos discutir, porque o que a sociedade não
agüenta é esse tipo de hipocrisia que vem sendo feita, esse tipo de coisa que
não tem fundamento, esse discurso que pretende enganar e semear confusão. Não!
Viemos aqui para discutir e enfrentar qualquer debate. O senhor pode abrir meu
sigilo bancário, o senhor pode abrir meu sigilo telefônico, o senhor pode abrir
tudo; eu só quero que o senhor assine a CPI sobre a licitação, a concorrência
que foi anulada pela Justiça, onde a possibilidade de superfaturamento, para a
cidade de Porto Alegre, para o bolso do contribuinte, era de 240 milhões de
reais. Era mais uma perimetral envolvida nesse possível desvio, que, se a
concorrência tivesse prosseguido, os porto-alegrenses iriam pagar. Eu me sinto
confortável, tranqüilo de vir aqui discutir, porque esse é um ato que me dá
orgulho e eu acho que honra aquela cadeira que nós conquistamos no voto
popular.
Então,
vou lhe trazer o Requerimento, e o senhor pode assinar, e também assino sobre o
passado. Não tenho medo, nós não temos nada a esconder. Obrigado e um abraço.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 234/05, por
cedência de tempo do Ver. Newton Braga Rosa.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, falam tanto em CPI,
mas, na realidade, nós não vamos examinar o passado, porque estão querendo
fazer uma CPI de uma licitação que não aconteceu, mas outras que aconteceram,
fraudulentamente, as pessoas não querem. Tudo bem, mas não é isso. Eu estou
dizendo que nós estamos perdendo tempo precioso na Casa do Povo de Porto
Alegre, ao não discutir matérias importantes. O Ver. Adeli Sell, com aquela
inteligência que o caracteriza, apresentou um Projeto de Lei com quatro
artigos. E, numa primeira Emenda, ele tirou a parte importante do art. 1º, que
era (Lê.): “Para os efeitos desta Lei, considera-se Administração Indireta do
Município as empresas de economia mista, as empresas públicas, as fundações e
demais instituições controladas pelo Município, não inseridas na Administração
Direta”. Isso ele tirou fora. Então o art. 1º ficou (Lê.): “Fica estabelecida a
obrigatoriedade de publicidade dos atos administrativos de pessoal próprio da
Administração Indireta do Município”. Isso acontece.
O
art. 2º ele deixou, mas fez uma segunda Emenda. Ele tirou os art. 3º e 4º. Quer
dizer, deixou um Projeto, em bom Português, capenga, sem maiores explicações,
mas que faz com que os Vereadores da oposição vão à tribuna para que o tempo
passe, e nós não votemos matérias importantes. Isso tem acontecido com muita
freqüência. É por isso que eu pedi para falar novamente.
Na
verdade, o Projeto do Ver. Adeli não tem nada que não esteja no Diário Oficial
do Município, mas, de qualquer forma, na Comissão de Finanças, depois de pedir
diligência ao Executivo, eu dei pela aprovação, e o Ver. Adeli Sell também
aprovou comigo. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLL nº 234/05, por
cedência de tempo do Ver. Haroldo de Souza.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadoras e Vereadores, acho que o
Projeto merece um pouco mais de discussão, porque diz respeito a uma coisa que,
no Brasil, não tem dado bons exemplos, que é transparência na coisa pública. Eu
acho que a gente poderia estender esse debate pelo Brasil afora, Ver. Braz,
chegar ao Governo da República e saber que isso não tem sido um eixo da
Administração do Presidente Lula, não é verdade? Então, eu acho que isso nos
enseja a discutir um pouco essa floresta, dentro dessa questão pontual, que é o
Projeto em Porto Alegre.
Mas
eu quero também, Ver. Carlos Todeschini, dialogando com V. Exª, informar que se
encontra protocolado nesta Casa um Pedido de Informações, para saber por que,
na época da eleição, os carros locados do DMAE rodaram tantos quilômetros, e as
horas extras aumentaram tanto no período de eleições? Deve haver alguma
justificativa para isso. Esse Pedido de Informações encontra-se protocolado na
Casa, e depois eu quero debatê-lo. Mas eu fiz outro Pedido, Ver. Mario Fraga,
para saber por que houve tanto cancelamento de dívidas de água nos edifícios em
determinados momentos? Eu também quero saber sobre essa questão, eu acho que
isso contribui com o debate; isso, sim, é transparência. Aliás, quem sabe a
gente faz uma Emenda nesse Projeto, dizendo para publicar os atos que não foram
publicados no DMAE durante todo esse tempo?
Então
eu não quero caminhar nessa direção, mas, se V. Exª quiser um debate
aprofundado nessa direção, pode vir que nós gostaríamos de produzir um local, a
hora e a Comissão que V. Exª entender que deve marcar nesta Casa.
Volto
à matéria. Eu acho que a matéria - Ver. Adeli Sell, e aí quero me dirigir a V.
Exª - tem mérito, porque ela ratifica aquilo que é o princípio constitucional,
o princípio das leis orgânicas, o princípio de todas as leis da publicidade da
gestão pública. Então eu não vou votar contra, porque, se alguém votar contra esse
Projeto, vão dizer: “Ah, mas o senhor está votando contra a publicidade dos
atos da Administração?” Pelo amor de Deus! Eu tenho certeza absoluta que esta
Casa, no seu conjunto, vai votar. Portanto eu queria apenas falar isso, para
dizer que não tem sido feita, no Brasil, infelizmente - aí começo pelo Governo
da República -, essa prática que deveria nortear todas as Administrações, que é
o princípio da publicidade. Acho que tem aí, efetivamente, questões que
envolvem muitos interesses e, infelizmente, basta olhar os jornais,
especialmente a Folha de São Paulo; basta olhar a Revista Veja, a Revista
IstoÉ, que nós vamos ver semanalmente o que tem acontecido. Acho que V. Exª
está fazendo aqui uma questão muito injusta com um companheiro de Partido, pelo
qual tenho o maior respeito, que é o Deputado Eliseu Padilha, que foi Ministro,
que tem sido parceiro do Governo Federal nos últimos tempos. Acho que V. Exª
tem alguma questão, não é? Acho que V. Exª deveria se dirigir ao Deputado
Eliseu Padilha, porque, afinal de contas, ele foi Ministro de Estado. Hoje está
lá no Governo Federal, e acho que V. Exª insinua uma questão de forma muito
equivocada. Creio que esse debate não deve caminhar nessa direção. Mas eu só
queria refazer, Srª Presidenta, dizer que acredito que o Projeto tem mérito, e,
portanto nós vamos votar favoravelmente. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação nominal, solicitada pela Verª Maristela Maffei, o PLL nº 234/05.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 234/05. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 234/05.
(Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1997/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 078/06, de autoria do
Ver. Nereu D’Avila, que institui o Estatuto do Pedestre, a Semana do Pedestre,
que ocorrerá na primeira semana de setembro de cada ano, o Conselho Municipal
dos Direitos do Pedestre (CONSEPE), a Ouvidoria do Pedestre e determina a
instalação de equipamentos nas edificações para prevenção de acidentes. Com
Emendas nºs 01 a 03.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 101 da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 09-08-06;
- discutiram a matéria os Vereadores
N.D’Avila, M.B.Ely(cedeu p/N.D’Avila), em 21-02-07;
- discutiram a matéria os Vereadores
M.Fraga, C.Sebenelo, A.Sell, J.I.
Heinen, E.Besson (cedeu p/M.B.Ely) e S.Melo, em 05-03-07;
- adiada a discussão por duas Sessões.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 078/06. (Pausa.)
O SR. ADELI SELL (Requerimento): Solicito
verificação de quórum.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): (Após a abertura do painel eletrônico.) Há quórum para
discussão do Projeto. Com a
presença de 12 Vereadores no Plenário, Ver. Nereu D’Avila, há quórum para
discussão do Projeto, mas não há quórum para votação.
O
SR. NEREU D’AVILA (Requerimento): Srª
Presidente, muitos Vereadores já discutiram a matéria, e, diante da escassez do
quórum, até gostaria que fosse transferido para quarta-feira como primeiro
Projeto.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Nereu faz um Requerimento, pedindo o adiamento da discussão do PLL nº
078/06 por uma Sessão.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Mario Fraga, o Requerimento de autoria do
Ver. Nereu D’Avila. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Por 7 votos SIM;
1 ABSTENÇÃO. Não há
quórum.
Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h56min.)
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